![Caminhos Da Liberdade está dividido em cinco partes. A maior parte dos trabalhos se refere ao Sudeste, mas também sobre Rio Grande do Sul, Bahia e Amazonas.](https://i0.wp.com/livrandante.com.br/wp-content/uploads/2020/03/caminhos-da-liberdade.png?resize=205%2C266&ssl=1)
Há mais de trinta anos, em 1988, em torno das comemorações pelos 100 anos da Abolição diversos seminários abriram uma nova pauta de pesquisa e reflexão sobre a escravidão e a Abolição no Brasil.
Desde então, tem sido impressionante acompanhar a renovação historiográfica em todo o país, especialmente no campo dos estudos de escravidão. Como destacou Eduardo Silva na conferência de abertura, o tema da Abolição e do Pós-Abolição não recebe desde então as mesmas atenções.
No seminário que realizamos em 2010, a presença de tantos jovens e qualificados pesquisadores, de diversos programas de pós-graduação do Brasil, interessados nas temáticas da liberdade certamente indica que estamos diante de outro momento de renovação, agora mais centrado nos desafios colocados pelo desmonte da escravidão e pelas lutas sociais posteriores a 1888.
A variedade de temáticas, fontes e discussões, permite-nos, além de demonstrar a riqueza do seminário, vislumbrar promissores desdobramentos futuros, quando esses jovens historiadores divulgarem seus trabalhos finais e tornarem-se formadores de outros jovens, pesquisadores, professores e historiadores.
O livro Caminhos Da Liberdade está dividido em cinco partes. A maior parte dos trabalhos se refere ao Sudeste, mas nele encontram-se também textos sobre Rio Grande do Sul, Bahia e Amazonas.
As duas primeiras partes, com trabalhos sobre as possibilidades de liberdade antes de 1888, abordam as tensões legais pelo fim do tráfico, a experiência de africanos livres e das famílias escravas, assim como o recenseamento populacional, a Revolução Farroupilha e as disputas em áreas da fronteira sul.
A terceira parte apresenta, por meio da discussão sobre os projetos abolicionistas, o papel de intelectuais, jornalistas, espíritas e lideranças negras nas lutas pela abolição.
A quarta parte centra a atenção nos limites da liberdade após o fim da escravidão, discutindo sobre trabalho infantil, economia leiteira, festas populares e ações camponesas.
Por fim, a quinta parte traz reflexões sobre as festas da liberdade e as memórias da escravidão a partir de imagens da Abolição e dos carnavais, da literatura, dos quilombos e das políticas patrimoniais.
Caminhos Da Liberdade apresenta ainda – na parte que denominamos “Abertura” – as contribuições originais de Eduardo Silva e Maria Helena Machado. A presença desses dois consagrados historiadores confere ao livro maior visibilidade e incentivo à trajetória de tantos novos pesquisadores.
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