A temática trabalhada e problematizada nesta obra, a saber, precarização do trabalho, adoecimento e sofrimento dos professores, se torna imprescindível.
O livro apresenta, discute, problematiza e analisa a temática da precarização do trabalho, adoecimento e sofrimento dos professores a partir de pesquisas realizadas em período brevemente anterior ao golpe de Estado parlamentar no Brasil na perspectiva da historicidade.
Isso posto, significa que a preocupação dos pesquisadores que aqui socializam parte de suas pesquisas esteve centrada nos efeitos, impactos, implicações e consequências decorrentes de como o modo de produção capitalista, de forma geral e de forma particular no Brasil, produz e reproduz a força de trabalho docente historicamente.
De fato, a precarização do trabalho, o adoecimento e sofrimento dos professores no contexto atual, resulta das contradições engendradas na relação capital versus trabalho de modo geral, mas também nas singularidades que se processam em cada momento histórico do fazer da profissão na relação com a sociedade, Estado e educação.
Dado o momento histórico em curso na sociedade brasileira, que coloca enquanto projeto societário contrarreformas como as mencionadas aqui, o conteúdo deste trabalho assume mais importância ainda, porque desvela e explicita como uma categoria laboral se produz e reproduz no modo de produção.
O cenário atual e futuro para a produção e reprodução do trabalho de forma geral e para o trabalho docente não é promissor. Pelo contrário: o momento histórico é de aprofundamento de crise estrutural, que impacta negativamente na vida do trabalhador pela retirada de direitos duramente conquistados.
A tendência que se apresenta é a de intensificação da precarização do trabalho, intensificação do adoecimento e do sofrimento docente. Como lidar com isso de uma forma emancipatória?