
Há algumas décadas, o termo “memória” vem sendo ressignificado, tornando-se um tema de discussão acadêmica. A preservação da memória histórica e cultural de uma sociedade é um desafio constante, onde os museus exercem um papel significativo e relevante, responsáveis pela preservação do patrimônio material e imaterial de um povo e conectando passado, presente e futuro.
Não mais pensado como um “lugar de coisas velhas”, os museus vêm se moldando ao acelerado progresso tecnológico com o objetivo de melhor informar seus conteúdos para um público cada vez mais amplo. Entendido como emissor de conhecimento, o museu se desprende de sua forma física tradicional, pautada no objeto materializado, e passa a ser um conceito que pode ser explorado por uma infinidade de recursos tecnológicos.
No cenário anteriormente descrito, por meio da tecnologia e por um curso razoável, a experiência museal pode ser amplamente disponibilizada. Dispositivos tecnológicos (computadores, tablets, smartphones), a Internet e a Web permitem a comunicação museológica para uma audiência de proporções potencialmente globais. Porém, como poderemos verificar nas próximas páginas, esse cenário não prescinde de esforço, pessoas capacitadas e muita paixão.
É comum e natural que alguns de nossos interesses e aptidões de adulto estejam ligados a pessoas que nos contagiaram, quando jovem, com suas paixões e seu conhecimento. É nessa classe de pessoas que está a Prof.ª Dr.ª Maria José Vicentini Jorente.
Neste livro, Jorente apresenta e dá voz àqueles que foram contagiados por suas paixões e relata a execução de um projeto: preservar e da acesso à memória e ao patrimônio cultural de uma comunidade a partir de um acervo da Faculdade de Filosofia de Ciências da Unesp de Marília.
Acervo Revisitado: Intersecções E Convergências No Redesign De Uma Coleção Díspare trata de um sistema modelar de documentação e informação museológica criado por profissionais da informação da Unesp de Marília no Laboratório de Pesquisa em Design e Recuperação da Informação – LADRI.
