Com uma abordagem renovadora e apaixonada pela educação, Maria de Fátima Berenice da Cruz traz a público uma proposta de sucesso para o ensino de literatura.

Suas reflexões sobre leitura e ensino de literatura fazem parte de uma agenda atual sobre a busca de respostas para os problemas e as dificuldades encontradas pelos professores brasileiros nas aulas de Língua Portuguesa na Educação Básica e na Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Com esse recorte, a autora formula uma proposta pedagógica de fôlego e relevância para o ensino de literatura na contemporaneidade.

A busca de uma perspectiva do prazer pela leitura literária a partir de sua dimensão social ratificar o caráter inovador e desafiador das reflexões acadêmicas deste livro.

Nesse sentido, a autora nos mostra uma nova possibilidade para o ensino de literatura sem o engessamento dos livros didáticos nem a imposição historiográfica de datas e obras, pois valoriza a experiência do leitor a partir do prazer da leitura e do contato com o texto literário.

Com uma longa experiência de sala de aula, Maria de Fátima Berenice da Cruz revisita a legislação sobre as políticas públicas para leitura e ensino de literatura com um olhar apaixonado e engajado com uma educação de qualidade.

Suas críticas ao sistema neo-liberal de educação ressaltam a ideia de uma pedagogia da leitura com ênfase no leitor crítico. Por sua densidade teórica, este livro desafia o senso comum e apresenta uma proposta humanizadora do ensino de literatura uma vez que está preocupado com a qualidade das aulas de literatura.

Para isso, a autora apresenta uma metodologia de leitura pautada na valorização do cidadão e de seu conhecimento de mundo, reconhecendo a aula de literatura como espaço para troca de experiências pessoais e coletivas e como um meio de transformação e amadurecimento do leitor.

Esta obra discorre sobre a utilização do texto literário na sala de aula e questiona o modo de apropriação da leitura literária, visando a criação de propostas didático-metodológicas para formação do sujeito leitor em língua portuguesa.

O texto defende a inserção da leitura literária no processo de escolarização, salientando que esta pode ser uma alternativa viável para o ensino e aprendizagem de textos literários por crianças, jovens e adultos.