
O projeto que deu origem a este livro teve início em 2002, em resposta a solicitação da Irmã Severina e de outras líderes da Pastoral da Criança durante a assembleia de fundação da Sociedade Paranaense de Plantas Medicinais. A Profa. Dra. Maria Consuelo A. Marques, do Departamento de Farmacologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) se prontificou a disponibilizar as informações que fossem solicitadas e para isto iria propor um projeto de extensão na UFPR.
Os alunos e professores da UFPR realizaram visitas às comunidades e coletaram material botânico para formar exsicatas com os exemplares das plantas mais utilizadas. Após a identificação botânica das espécies vegetais, com o auxílio do Prof. Olavo Araújo Guimarães do departamento de Botânica da UFPR, duas coleções foram disponibilizadas (uma delas foi entregue em mãos para a Irmã Severina e a outra foi depositada no herbário da UFPR) e foram realizados os levantamentos sistemáticos de trabalhos referentes às ações farmacológicas e tóxicas das plantas mais utilizadas pela comunidade (estudos préclínicos e clínicos).
Estes levantamentos foram realizados através de consultas em livros de resumos de congressos e em banco de dados PubMed, Web of Science e Science Direct entre os anos de 1970 e Fevereiro de 2005.
No Departamento de Farmacologia do Setor de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Paraná, o grupo de pesquisa de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica de Produtos Naturais, estuda os efeitos e a toxicidade das Plantas Medicinais. Os estudos que demonstram a eficácia e a segurança de uma planta medicinal possibilitam a recomendação pela comunidade científica e a prescrição pelo médico de um produto alternativo de qualidade.
Um excelente exemplo disto é o caso da Espinheira santa (Maytenus illicifolia). A divulgação dos resultados obtidos (estudos pré-clínicos e clínicos) viabilizou a recomendação (pelos médicos) segura da utilização do chá das folhas desta planta para problemas gástricos.
Este livro procura levar as informações solicitadas pela população assistida pela Pastoral da Criança de Almirante Tamandaré, sobre as principais ações de algumas plantas medicinais utilizadas por elas, e alertar para os possíveis efeitos tóxicos das plantas medicinais aqui descritas. A população deve estar alerta, cuidadosa e consciente na escolha das plantas, quantidade (doses), freqüência, formas e vias de administração a serem utilizadas. É de fundamental importância que busquem sempre as informações com o médico na unidade de saúde mais próxima.











