Drummond

Neste livro a autora analisa com sensibilidade, competência e agudo espírito crítico a presença de Carlos Drummond de Andrade no livro didático.

Neste livro a autora analisa com sensibilidade, competência e agudo espírito crítico a presença de Carlos Drummond de Andrade no livro didático cujo objetivo é a formação do leitor no Ensino Médio.

Sem pregar a extinção do livro didático nem propor outras medidas radicais, Dalvi aponta os desacertos na representação da sociedade a partir das configurações de Drummond que o manual redesenha.

A leitura que propomos da historiografia e da crítica literária a respeito da poesia de Drummond, bem como de sua invenção pelo livro didático de Ensino Médio, é feita pela identificação daquilo que foi passível de ser representado, e não necessariamente daquilo que a historiografia, a crítica e principalmente o livro didático pretendiam representar.

Entendemos que os livros didáticos são portadores de representações de sujeitos historicamente situados sobre uma determinada realidade ou sobre um determinado aspecto da realidade – mesmo que essas representações não sejam diretivas e imediatas em relação às práticas às quais se entrelaçam.

Entendemos que as representações mentais, textuais ou iconográficas individuais ou coletivas não são reflexos da realidade, mas entidades que vão construindo os mundos sociais – nos quais se, por um lado, existem ideias e discursos, por outro, não se subsumem os gestos e comportamentos que os gestam e que por eles (ideias e discursos) são gestados.

Em "A História Cultural Entre Práticas E Representações", Chartier propõe um conjunto de noções conceituais – dentre as quais poderíamos destacar, além das noções de “representações” e “práticas”, a de “apropriação” – que visa a superar a forma tradicional de fazer história cultural, a partir de uma valorização dos gestos e comportamentos.

Essas proposições de Chartier nos interessam na medida em que a lida com os livros didáticos de Ensino Médio exige que os pensemos como gestos particulares de leitura (ou seja, apropriações) que necessariamente engendrarão outros: entendemos, pois, que, se os cotidianos são irrepetíveis, por outro lado entrelaçam-se de tal modo no amalhar de insistências (cujas diferenças constituem, em seu conjunto, o campo mesmo que os delimita) que a experiência uma vez vivida como aluna e, depois, como professora permite estender as rústicas reflexões iniciais como campo de interesse comum a outros tantos para quem os livros didáticos e as experiências de leitura literária na escola venham a se tornar importantes.

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A leitura que propomos da historiografia e da crítica literária a respeito da poesia de Drummond, bem como de sua invenção pelo livro didático de Ensino Médio, é feita pela identificação daquilo que foi passível de ser representado, e não necessariamente daquilo que a historiografia, a crítica e principalmente o livro didático pretendiam representar.

Entendemos que os livros didáticos são portadores de representações de sujeitos historicamente situados sobre uma determinada realidade ou sobre um determinado aspecto da realidade – mesmo que essas representações não sejam diretivas e imediatas em relação às práticas às quais se entrelaçam.

Entendemos que as representações mentais, textuais ou iconográficas individuais ou coletivas não são reflexos da realidade, mas entidades que vão construindo os mundos sociais – nos quais se, por um lado, existem ideias e discursos, por outro, não se subsumem os gestos e comportamentos que os gestam e que por eles (ideias e discursos) são gestados.

Em “A História Cultural Entre Práticas E Representações”, Chartier propõe um conjunto de noções conceituais – dentre as quais poderíamos destacar, além das noções de “representações” e “práticas”, a de “apropriação” – que visa a superar a forma tradicional de fazer história cultural, a partir de uma valorização dos gestos e comportamentos.

Essas proposições de Chartier nos interessam na medida em que a lida com os livros didáticos de Ensino Médio exige que os pensemos como gestos particulares de leitura (ou seja, apropriações) que necessariamente engendrarão outros: entendemos, pois, que, se os cotidianos são irrepetíveis, por outro lado entrelaçam-se de tal modo no amalhar de insistências (cujas diferenças constituem, em seu conjunto, o campo mesmo que os delimita) que a experiência uma vez vivida como aluna e, depois, como professora permite estender as rústicas reflexões iniciais como campo de interesse comum a outros tantos para quem os livros didáticos e as experiências de leitura literária na escola venham a se tornar importantes.

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