Tekoha

Tekoha: Lutas Indígenas Pelo Território analisa o uso e a disputa de concepções e práticas de territórios e territorialidades no Brasil contemporâneo.

Tekoha: Lutas Indígenas Pelo Território analisa o uso e a disputa de concepções e práticas de territórios e territorialidades no Brasil contemporâneo. Não propõe um debate exaustivo. Serve como indicação na Geografia, e nas Ciências Sociais, para discutir como nossas ferramentas de análise podem se tornam armas de luta para combater injustiças sociais.

Esta pesquisa consistiu em uma discussão teórica e conceitual de territórios e territorialidades indígenas no contexto latino-americano de luta pela terra. Em especial analisamos a luta dos Guarani e Kaiowa pelo reconhecimento e regularização fundiária dos tekoha. A luta pela terra no Mato Grosso do Sul é uma ação coletiva indígena de descolonização de territórios chamada de retomada. Para alcançar este objetivo o livro foi organizado em três capítulos.

O primeiro capítulo focaliza o pluriverso das lutas indígenas na disputa pelos conceitos de território e territorialidade no contexto latino-americano. Analisamos como esses conceitos e práticas são disputadas pelas populações tradicionais, corporações e o Estado. Ressaltamos para a necessidade do combate ao eurocentrismo e descolonização do poder, para a reconstrução do conceito de território na Geografia, não encaixado ao empírico, mas aberto à diferença, ao diálogo, sendo afetado pelas cosmologias, cosmovisões e cosmopolíticas dos povos indígenas.

O segundo capítulo procura trazer uma abordagem simétrica entre Geografia e Antropologia para discutir categorias nativas, concepções e práticas, desde à terra, o corpo, os mitos e imaginação. Ressaltamos a necessidade da abertura da ciência geográfica para os povos indígenas, de modo a afetar o seu conhecimento acumulado e operacionalizar conceitos na relação com as práticas nativas e outras formas de ser e estar no(s) mundo(s), abrindo horizontes para outras perspectivas de “cultura” e “natureza”.

O terceiro capítulo estabelece a relação entre cosmologias ameríndias, perspectivismo e transterritorialidades, para analisar a luta pela terra e território dos Guarani e Kaiowa no Mato Grosso do Sul. As retomadas, organizações de lideranças em rede e de territorialidades de trânsito potencializam-se ações diretas, corpos em aliança, política das ruas e espaços de resistência para pensar/construir as lutas indígenas como devir-minoria, devir-tekoha.

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Tekoha: Lutas Indígenas Pelo Território analisa o uso e a disputa de concepções e práticas de territórios e territorialidades no Brasil contemporâneo. Não propõe um debate exaustivo. Serve como indicação na Geografia, e nas Ciências Sociais, para discutir como nossas ferramentas de análise podem se tornam armas de luta para combater injustiças sociais.

Esta pesquisa consistiu em uma discussão teórica e conceitual de territórios e territorialidades indígenas no contexto latino-americano de luta pela terra. Em especial analisamos a luta dos Guarani e Kaiowa pelo reconhecimento e regularização fundiária dos tekoha. A luta pela terra no Mato Grosso do Sul é uma ação coletiva indígena de descolonização de territórios chamada de retomada. Para alcançar este objetivo o livro foi organizado em três capítulos.

O primeiro capítulo focaliza o pluriverso das lutas indígenas na disputa pelos conceitos de território e territorialidade no contexto latino-americano. Analisamos como esses conceitos e práticas são disputadas pelas populações tradicionais, corporações e o Estado. Ressaltamos para a necessidade do combate ao eurocentrismo e descolonização do poder, para a reconstrução do conceito de território na Geografia, não encaixado ao empírico, mas aberto à diferença, ao diálogo, sendo afetado pelas cosmologias, cosmovisões e cosmopolíticas dos povos indígenas.

O segundo capítulo procura trazer uma abordagem simétrica entre Geografia e Antropologia para discutir categorias nativas, concepções e práticas, desde à terra, o corpo, os mitos e imaginação. Ressaltamos a necessidade da abertura da ciência geográfica para os povos indígenas, de modo a afetar o seu conhecimento acumulado e operacionalizar conceitos na relação com as práticas nativas e outras formas de ser e estar no(s) mundo(s), abrindo horizontes para outras perspectivas de “cultura” e “natureza”.

O terceiro capítulo estabelece a relação entre cosmologias ameríndias, perspectivismo e transterritorialidades, para analisar a luta pela terra e território dos Guarani e Kaiowa no Mato Grosso do Sul. As retomadas, organizações de lideranças em rede e de territorialidades de trânsito potencializam-se ações diretas, corpos em aliança, política das ruas e espaços de resistência para pensar/construir as lutas indígenas como devir-minoria, devir-tekoha.

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