A Tentativa de dominação do futuro das gerações brasileiras pela imposição de um sistema de ensino baseado nos interesses norte-americanos tem sido denunciada nas ruas pela juventude. Mas a denúncia e, sobretudo, o esclarecimento que pode sair dos debates concretos, são prejudicados pela falta de informações objetivas, pelo muro de silêncio que em torno de seu trabalho de entrega da soberania nacional o Governo tem erguido. Poucos são os que conhecem os textos dos acordos firmados entre a USAID e o Brasil no setor educacional. É possível que nenhum brasileiro, autoridade governamental ou não, tenha uma visão conjunta do sistema que eles começam a consolidar. É certo que ninguém sabe que medidas estão sendo tomadas em decorrência dos planos por eles estabelecidos.
Creio que o intelectual médio no Brasil de hoje tem o dever de ser essencialmente um documentarista. A contribuição mais efetiva que pode dar ao progresso do País é recolher documentos e pronunciamentos oficiais esparsos, classificá-los em uma sequência lógica, comentá-los de forma mais ou menos abreviada e co locá-los à disposição do público como material para estudos e debates. Em uma terra onde os meios de comunicação
de massa são influenciados, quando não completamente controlados, pelos interesses estrangeiros e onde o Governo, que a esses interesses serve, sonega ao povo informações fundamentais, acredito importante este tipo de publicação.
É o papel de coletor de informações que me disponho a cumprir neste trabalho. Juntei aqui todos os textos que consegui pacientemente reunir, ao longo de quase dois anos, sôbre os Acôrdos MEC-USAID. Não consegui, infelizmente, obter os convênios firmados pelo Governo dos Estados Unidos com entidades particulares, tais como a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com entidades estatais, como o Ministério do Planejamento e o Instituto Tecnológico da Aeronáutica, estaduais como a Universidade de São Paulo, ou as secretarias de Educação do Nordeste ou mantidas por contribuições de classe, como o SENAI. Mas a documentação que apresento, que abrange os setores mais importantes do plano da USAID, forma, a meu ver, um verdadeiro bê-á-bá do imperialismo, através do condicionamento das gerações. Os exemplos históricos, desde o Império Romano, demonstram ser esta a forma mais segura de manutenção imperial.
Beabá Dos MEC-USAID
- Ciências Sociais, Educação, História
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