Por Uma Nova Arrumação Do Mundo

A ecosofia, termo criado pelo filósofo francês Félix Guattari, baseia-se em uma articulação ético-política entre três campos ecológicos - do meio ambiente, das relações sociais e da subjetividade humana.
Para Guatarri o homem moderno só poderá resolver seus impasses por meio da ecosofia, conceito que pressupõe uma nova maneira de ser e estar no mundo, a qual implica na reinvenção dos modos de vida, da sensibilidade, da inteligência, e exclua as relações de poder.
Partindo desse conceito, o professor de Literatura Márcio Matiassi Cantarin aprofunda-se na obra do escritor moçambicano Mia Couto.


O autor descola sua análise do eixo da crítica literária convencional, que tem preferido analisar a literatura produzida na África quase que exclusivamente pela perspectiva das relações coloniais e pós-coloniais, exigindo do escritor passaporte africano. Cantarin considera Couto um criador cujos temas transcendem fronteiras nacionais.
No decorrer da obra, ele contextualiza os escritos de Couto em relação aos aspectos políticos, sociais e literários de Moçambique e faz considerações sobre a origem da separação entre o humano e o mundo natural, oferecendo uma visão geral sobre as teorias ecocrítica e ecofeminista. O último capítulo é dedicado à analise literária de 26 contos de Mia Couto sob o prisma da ecosofia.
É dado destaque à ideia de Félix Guattari de que a atual crise ecológica não diz respeito unicamente ao colapso do clima ou destruição das florestas tropicais, mas à deterioração de outras duas ecologias, a das relações sociais e a da subjetividade humana.
Nesse quadro, se destacarão os modos pelos quais os agentes da cultura, ao dominar a natureza, subjugam as mulheres/crianças e os povos originários por meio de uma dinâmica cruel que não respeita os valores intrínsecos dos seres e coisas ou quaisquer das três ecologias.
É dada então uma visão panorâmica sobre as teorias ecocrítica e ecofeminista para depois expor algumas especificidades da situação da mulher em Moçambique.

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A ecosofia, termo criado pelo filósofo francês Félix Guattari, baseia-se em uma articulação ético-política entre três campos ecológicos – do meio ambiente, das relações sociais e da subjetividade humana.
Para Guatarri o homem moderno só poderá resolver seus impasses por meio da ecosofia, conceito que pressupõe uma nova maneira de ser e estar no mundo, a qual implica na reinvenção dos modos de vida, da sensibilidade, da inteligência, e exclua as relações de poder.
Partindo desse conceito, o professor de Literatura Márcio Matiassi Cantarin aprofunda-se na obra do escritor moçambicano Mia Couto.
O autor descola sua análise do eixo da crítica literária convencional, que tem preferido analisar a literatura produzida na África quase que exclusivamente pela perspectiva das relações coloniais e pós-coloniais, exigindo do escritor passaporte africano. Cantarin considera Couto um criador cujos temas transcendem fronteiras nacionais.
No decorrer da obra, ele contextualiza os escritos de Couto em relação aos aspectos políticos, sociais e literários de Moçambique e faz considerações sobre a origem da separação entre o humano e o mundo natural, oferecendo uma visão geral sobre as teorias ecocrítica e ecofeminista. O último capítulo é dedicado à analise literária de 26 contos de Mia Couto sob o prisma da ecosofia.
É dado destaque à ideia de Félix Guattari de que a atual crise ecológica não diz respeito unicamente ao colapso do clima ou destruição das florestas tropicais, mas à deterioração de outras duas ecologias, a das relações sociais e a da subjetividade humana.
Nesse quadro, se destacarão os modos pelos quais os agentes da cultura, ao dominar a natureza, subjugam as mulheres/crianças e os povos originários por meio de uma dinâmica cruel que não respeita os valores intrínsecos dos seres e coisas ou quaisquer das três ecologias.
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