Ensaios Sobre Existencialismo E Cristianismo

O que se entende por existencialismo? Esta é uma pergunta que Ensaios Sobre Existencialismo E Cristianismo nos ensina a refazer. Radicalmente.

Ainda existe na Rive Gauche, no bairro de Saint-Germain de Près em Paris, um café chamado Café de Fiore, local que costumava ser frequentado pelos principais representantes do “existencialismo” ao longo de algumas décadas do século XX. O lugar permanece como símbolo de uma era já quase mítica, pois hoje a voga existencialista parece um pouco distante e talvez já não sejamos capazes de sentir a forte influência que suas ideias exerceram sobre toda uma geração. A “virada linguística”, o estruturalismo, o pós-estruturalismo e o desconstrucionismo serviram para fazer esquecer o impacto libertador da chamada filosofia existencial.

Seria então o momento de perguntar com mais tranquilidade: o que se entende por existencialismo? Esta é uma pergunta que o livro de Marcio Gimenes de Paula nos ensina a refazer. Radicalmente. Ao respondê-la, sob diversos ângulos, mas com uma orientação clara, o autor nos leva para uma época e lugar distantes daquele centro da vida intelectual francesa, mais exatamente para a Copenhague da primeira metade do século XIX: o existencialismo teria nascido ali, graças à figura singularíssima de Søren Aabye Kierkegaard, esse Sócrates moderno que, como seu ancestral grego, costumava perturbar a cidade em que nasceu e viveu com suas perguntas e paradoxos “impertinentes”.

O deslocamento histórico-geográfico da França para a Dinamarca serve para mostrar que nossa visão filosófico-histórica do existencialismo é bastante parcial, para não dizer míope: existe um outro existencialismo a ser redescoberto, cuja envergadura ajuda, inclusive, a entender a sua variante francesa.

Para tentar recontar melhor a trajetória do existencialismo, e recolocar a candência de suas questões, entram em cena duas outras personagens que contracenam o tempo todo com Kierkegaard. São elas Karl Löwith e Luigi Pareyson. Foi a força filosófica e historiográfica de Löwith que tornou possível entender melhor esse momento altamente fecundo da história do pensamento que é o pós-hegelianismo, marcado ao mesmo tempo pela herança e recusa do sistema especulativo de Hegel, isto é, pela busca da afirmação da singularidade concreta do sujeito em oposição ao universal lógico-abstrato e pela tensão criadora entre religião e filosofia.

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Seria então o momento de perguntar com mais tranquilidade: o que se entende por existencialismo? Esta é uma pergunta que o livro de Marcio Gimenes de Paula nos ensina a refazer. Radicalmente. Ao respondê-la, sob diversos ângulos, mas com uma orientação clara, o autor nos leva para uma época e lugar distantes daquele centro da vida intelectual francesa, mais exatamente para a Copenhague da primeira metade do século XIX: o existencialismo teria nascido ali, graças à figura singularíssima de Søren Aabye Kierkegaard, esse Sócrates moderno que, como seu ancestral grego, costumava perturbar a cidade em que nasceu e viveu com suas perguntas e paradoxos “impertinentes”.

O deslocamento histórico-geográfico da França para a Dinamarca serve para mostrar que nossa visão filosófico-histórica do existencialismo é bastante parcial, para não dizer míope: existe um outro existencialismo a ser redescoberto, cuja envergadura ajuda, inclusive, a entender a sua variante francesa.

Para tentar recontar melhor a trajetória do existencialismo, e recolocar a candência de suas questões, entram em cena duas outras personagens que contracenam o tempo todo com Kierkegaard. São elas Karl Löwith e Luigi Pareyson. Foi a força filosófica e historiográfica de Löwith que tornou possível entender melhor esse momento altamente fecundo da história do pensamento que é o pós-hegelianismo, marcado ao mesmo tempo pela herança e recusa do sistema especulativo de Hegel, isto é, pela busca da afirmação da singularidade concreta do sujeito em oposição ao universal lógico-abstrato e pela tensão criadora entre religião e filosofia.

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