O Feminino Em Bisa Bia, Bisa Bel, De Ana Maria Machado

A autora estuda a constituição das representações e papéis de mulheres e homens, com base nas pistas que a obra de Ana Maria Machado oferta.

A problematização da situação social da mulher – em inegável desvantagem, em linhas gerais, frente à situação masculina – e a tensão entre diferentes gerações de mulheres não são privilégios da obra Bisa Bia, Bisa Bel, de Ana Maria Machado, sobre a qual Lucinei Maria Bergami se debruçou neste livro. Não é difícil achar outros exemplos.

Outra obra de autoria feminina, intitulada Minha Vida De Menina, publicada sob o pseudônimo autoral de Helena Morley, da qual pinçamos dois breves trechos para epigrafar esta apresentação, também lida com esses temas.

E assim o é quando analisamos outros livros em que meninas assumem o protagonismo – o que nos leva a pensar que a problematização da situação social da mulher e a tensão entre diferentes gerações de mulheres sejam questões candentes, quando a literatura se propõe a discutir a criança ou a jovem que precisa lidar com a (re)descoberta de seu sexo, de seu gênero e todas as consequências implicadas no processo de se inserir na vida adulta.

Isso, por si, já anuncia ao possível leitor a importância da obra que tem em mãos.

Embora Ana Maria Machado já conte com uma alentada fortuna crítica, na qual as questões da mulher e o feminismo tenham papel de destaque, situar tais questões como fulcro ou cerne das reflexões da totalidade do livro é, até onde dou conta de acompanhar, uma novidade.

E essa foi a opção de Lucinei Maria Bergami em sua dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, em 2015, sob orientação da professora Jurema de Oliveira, que, reelaborada, deu origem a este livro, publicado pela Edufes.

Lidando com noções de simbólico – a partir, principalmente, de Chevalier e Gheerbrant e de Bachelard – entrelaçadas com depoimentos e análises da própria escritora Ana Maria Machado sobre a importância das mulheres em sua formação, Lucinei Maria Bergami nos desenha, nas páginas iniciais de seu estudo, os contornos das questões que abordará: a constituição das representações e papéis de mulheres e homens, com base nas pistas que a obra de Ana Maria Machado oferta a partir de grandes questões e de pequenos indícios dispersos ao longo do texto.

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Outra obra de autoria feminina, intitulada Minha Vida De Menina, publicada sob o pseudônimo autoral de Helena Morley, da qual pinçamos dois breves trechos para epigrafar esta apresentação, também lida com esses temas.

E assim o é quando analisamos outros livros em que meninas assumem o protagonismo – o que nos leva a pensar que a problematização da situação social da mulher e a tensão entre diferentes gerações de mulheres sejam questões candentes, quando a literatura se propõe a discutir a criança ou a jovem que precisa lidar com a (re)descoberta de seu sexo, de seu gênero e todas as consequências implicadas no processo de se inserir na vida adulta.

Isso, por si, já anuncia ao possível leitor a importância da obra que tem em mãos.

Embora Ana Maria Machado já conte com uma alentada fortuna crítica, na qual as questões da mulher e o feminismo tenham papel de destaque, situar tais questões como fulcro ou cerne das reflexões da totalidade do livro é, até onde dou conta de acompanhar, uma novidade.

E essa foi a opção de Lucinei Maria Bergami em sua dissertação de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Espírito Santo, em 2015, sob orientação da professora Jurema de Oliveira, que, reelaborada, deu origem a este livro, publicado pela Edufes.

Lidando com noções de simbólico – a partir, principalmente, de Chevalier e Gheerbrant e de Bachelard – entrelaçadas com depoimentos e análises da própria escritora Ana Maria Machado sobre a importância das mulheres em sua formação, Lucinei Maria Bergami nos desenha, nas páginas iniciais de seu estudo, os contornos das questões que abordará: a constituição das representações e papéis de mulheres e homens, com base nas pistas que a obra de Ana Maria Machado oferta a partir de grandes questões e de pequenos indícios dispersos ao longo do texto.

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