O consumo de drogas e as trajetórias trágicas dos usuários e familiares preocupam e desafiam há muito tempo, estudiosos, técnicos e pesquisadores de todo o mundo a buscar respostas éticas e socialmente legitimadas.
Nesse sentido, este estudo objetivou analisar as estratégias de prevenção ao uso de drogas em face das evidências científicas disponíveis a nível mundial utilizando-se como metodologia a reunião de revisões sistemáticas e o estudo cientométrico com análise automatizada por meio de software de mineração de texto e aprendizado estatístico.
Os resultados aqui registrados permitem identificar as determinações das abordagens preventivas de enfrentamento ao uso de drogas estimulando a elaboração e o desenvolvimento de políticas públicas de saúde informadas por evidências científicas na expectativa de uma maior colaboração e comunicação entre os tomadores de decisão e pesquisadores.
Os estudos apontam que as estratégias de prevenção ao uso de drogas têm seu nível de eficácia influenciado pelo contexto cultural local da atividade, pelo tipo de substância que pretendem prevenir, assim como pela metodologia definida para a prática. Dessa forma, é possível concluir que a prevenção será mais eficaz se for capaz de ser intersetorial em aspectos que vão do planejamento à operacionalização.
Os resultados possibilitam ainda, traçar um panorama a respeito das principais autoridades científicas das áreas indicadas, bem como uma sistematização das tendências no desenvolvimento das práticas de prevenção e controle.
Preliminarmente, para compreender o desenvolvimento das práticas de prevenção às drogas é preciso situar que a história das drogas está vinculada a história da humanidade, havendo distintas interpretações para o uso das substâncias, desde usos recreaionais, em rituais religiosos, uso terapêutico ou até a fuga da realidade.
Cada experimentação sempre traz consigo aspectos psicológicos, sociais e biológicos singulares. Como se costuma dizer, para cada tipo de uso de drogas, há um contexto e um sujeito específicos.
