Vidas LGBTQI+

O livro Vidas LGBTQI+ demonstra, sobretudo, que o debate da vulnerabilidade das vidas LGBTQ+ não diz respeito apenas a “eles”, mas a toda uma sociedade.

Vidas LGBTQ+. Este título nada óbvio, mas bastante sugestivo, coloca em voga um debate pouco realizado, o qual ainda representa uma lacuna nas pesquisas em saúde. Digo que o título não é óbvio porque se o modelo hegemônico é o homem-branco-de-classe-média, alguns corpos e sexualidades simplesmente não são construídos, estão fora do registro do discurso e edificados como o avesso da humanidade.

Por isto, acredito que questionar o significado das vidas a partir da suicidalidade LGBTQ+ no contexto do Serviço Social é um desafio. E lutar contra o status quo no ambiente acadêmico da saúde significa assumir diversos enfrentamentos, sejam eles teóricos, metodológicos ou mesmo ideológicos.

As estatísticas de que pessoas LGBTQ+ têm maior chance de suicídio ao longo de suas vidas do que as demais e as subnotificações destas mortes no sistema de saúde brasileiro, nos convidam a refletir como as diferenças se transformam em hierarquias em nossa sociedade e quais são os interesses envolvidos neste processo.

No contexto de uma pandemia e na emergência do conservadorismo no campo brasileiro e mundial, é fato que estamos em uma situação na qual diversas populações cada vez mais estão submetidas a privações sociais em nome de uma biopolítica. Esta, sustenta a moralidade neoliberal, onde cada um é responsável apenas por si e, de modo que a responsabilidade pelo próprio sofrimento deve ser autoinflingida.

A condição de isolacionismo é intensificada quando os sujeitos demonstram ser incapazes de atender à heteronormatividade, pois o gênero é vivido de forma ininteligível para a sociedade e seus corpos são compreendidos de maneira estratégica como potencialmente dispensáveis.

Lidiane e Nadja nos levam para o universo da saúde mental LGBTQ+, demonstrando como o estado de excessão é determinante para delimitar quais vidas devem ser vividas e quais vidas não merecem existir. E esta questão é literal, pois o debate atravessa a vida e a morte físicas.

Links para Download

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Mais Lidos

Blog

Vidas LGBTQI+

O livro Vidas LGBTQI+ demonstra, sobretudo, que o debate da vulnerabilidade das vidas LGBTQ+ não diz respeito apenas a “eles”, mas a toda uma sociedade.

Vidas LGBTQ+. Este título nada óbvio, mas bastante sugestivo, coloca em voga um debate pouco realizado, o qual ainda representa uma lacuna nas pesquisas em saúde. Digo que o título não é óbvio porque se o modelo hegemônico é o homem-branco-de-classe-média, alguns corpos e sexualidades simplesmente não são construídos, estão fora do registro do discurso e edificados como o avesso da humanidade.

Por isto, acredito que questionar o significado das vidas a partir da suicidalidade LGBTQ+ no contexto do Serviço Social é um desafio. E lutar contra o status quo no ambiente acadêmico da saúde significa assumir diversos enfrentamentos, sejam eles teóricos, metodológicos ou mesmo ideológicos.

As estatísticas de que pessoas LGBTQ+ têm maior chance de suicídio ao longo de suas vidas do que as demais e as subnotificações destas mortes no sistema de saúde brasileiro, nos convidam a refletir como as diferenças se transformam em hierarquias em nossa sociedade e quais são os interesses envolvidos neste processo.

No contexto de uma pandemia e na emergência do conservadorismo no campo brasileiro e mundial, é fato que estamos em uma situação na qual diversas populações cada vez mais estão submetidas a privações sociais em nome de uma biopolítica. Esta, sustenta a moralidade neoliberal, onde cada um é responsável apenas por si e, de modo que a responsabilidade pelo próprio sofrimento deve ser autoinflingida.

A condição de isolacionismo é intensificada quando os sujeitos demonstram ser incapazes de atender à heteronormatividade, pois o gênero é vivido de forma ininteligível para a sociedade e seus corpos são compreendidos de maneira estratégica como potencialmente dispensáveis.

Lidiane e Nadja nos levam para o universo da saúde mental LGBTQ+, demonstrando como o estado de excessão é determinante para delimitar quais vidas devem ser vividas e quais vidas não merecem existir. E esta questão é literal, pois o debate atravessa a vida e a morte físicas.

Link Quebrado?

Caso o link não esteja funcionando comente abaixo e tentaremos localizar um novo link para este livro.

Deixe seu comentário

Pesquisar

Mais Lidos

Blog