À Procura Da Música Sem Sombra

Em À Procura Da Música Sem Sombra, Lia Tomás analisa o trabalho do pensador francês Michel-Paul-Guy de Chabanon (1730-92), cujo livro Da música em si e suas relações com a palavra, as línguas, a poesia e o teatro foi uma espécie de manifesto erudito a favor da música instrumental enquanto gênero autônomo, conceito que teria tido fundamental importância para o romantismo do século XIX e os movimentos que o sucederam.

Tomás disseca a obra de Chabanon mantendo o autor no seu contexto. Violinista, amigo de Voltaire, Chabanon era um ativo participante das discussões sobre arte e música do seu tempo. Opôs-se às ideias musicais de Rousseau e outros enciclopedistas, como a origem unitária da música e da palavra, o papel subalterno da música na ópera e a não diferenciação entre linguagem verbal e musical.

A autora discorre com precisão sobre os subsídios estéticos e filosóficos fornecidos por Chabanon para a reflexão sobre a música instrumental, e que foram elaborados com o objetivo explícito de delimitar as características desta e demonstrar suas diferenças e autonomia: a música sem sombra a que se refere Lia Tomás. O trabalho traz na íntegra a primeira parte do livro de Chabanon, escrito de maneira deliciosamente coloquial e por isso praticamente ignorado em sua época.

Chabanon, nascido em santo Domingo (República Dominicana) em 1730, foi escritor, tradutor, compositor e violinista educado em Paris, cidade onde veio a falecer em 1792. Tendo realizado seus estudos no tradicional Liceu Louis-le-Grand, era um homem culto e admirado por seus contemporâneos, um tipo de savant que acompanhava de perto todas as discussões sobre as artes e a música de seu tempo, e que também atuava como violinista nos Concert des Amateurs.

Apesar de nunca ter obtido sucesso na cena literária por ser considerado um escritor mediano, manteve uma estreita relação de amizade com Rameau e Voltaire, ingressando na academia Francesa em 1779 com o apoio deste último.

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Em À Procura Da Música Sem Sombra, Lia Tomás analisa o trabalho do pensador francês Michel-Paul-Guy de Chabanon (1730-92), cujo livro Da música em si e suas relações com a palavra, as línguas, a poesia e o teatro foi uma espécie de manifesto erudito a favor da música instrumental enquanto gênero autônomo, conceito que teria tido fundamental importância para o romantismo do século XIX e os movimentos que o sucederam.

Tomás disseca a obra de Chabanon mantendo o autor no seu contexto. Violinista, amigo de Voltaire, Chabanon era um ativo participante das discussões sobre arte e música do seu tempo. Opôs-se às ideias musicais de Rousseau e outros enciclopedistas, como a origem unitária da música e da palavra, o papel subalterno da música na ópera e a não diferenciação entre linguagem verbal e musical.

A autora discorre com precisão sobre os subsídios estéticos e filosóficos fornecidos por Chabanon para a reflexão sobre a música instrumental, e que foram elaborados com o objetivo explícito de delimitar as características desta e demonstrar suas diferenças e autonomia: a música sem sombra a que se refere Lia Tomás. O trabalho traz na íntegra a primeira parte do livro de Chabanon, escrito de maneira deliciosamente coloquial e por isso praticamente ignorado em sua época.

Chabanon, nascido em santo Domingo (República Dominicana) em 1730, foi escritor, tradutor, compositor e violinista educado em Paris, cidade onde veio a falecer em 1792. Tendo realizado seus estudos no tradicional Liceu Louis-le-Grand, era um homem culto e admirado por seus contemporâneos, um tipo de savant que acompanhava de perto todas as discussões sobre as artes e a música de seu tempo, e que também atuava como violinista nos Concert des Amateurs.

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