Brasil E Haiti

Da grande repercussão do Seminário Brasil E Haiti: Racismo, Ciência, Lutas Históricas E Dramas Atuais surgiu a ideia de produzir um livro

A idealização de um seminário sobre os dois países Brasil E Haiti: Racismo, Ciência, Lutas Históricas E Dramas Atuais nasceu de uma conversa informal, sem grandes pretensões, e se concretizou num lindo evento organizado pelo grupo de estudos da Comissão da Verdade Sobre a Escravidão Negra do RS/OABRS, com o apoio da Escola Superior da Advocacia/ESA-RS.

A conexão entre essas duas nações é histórica, mais precisamente no que tange ao tema escravidão, visto que ambos os países remontam, em suas trajetórias, à existência do preconceito e da discriminação. A Revolução Haitiana (1791-1804) tratou-se de um levante paradigmático na colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e à independência do Haiti e tornando-o a primeira república governada por pessoas de ascendência africana.

A Revolução Haitiana é considerada como um momento decisivo na história dos africanos no Novo Mundo. Já no Brasil, somente houve o fim da escravidão no ano de 1888, por forte pressão de países estrangeiros, visto o Brasil ser o último país das Américas a ainda manter esse sistema.

Hoje, a conexão entre esses dois países se atualiza nos haitianos que chegam ao território brasileiro, pelos mais diversos motivos, quando o cenário catastrófico causado pelos desastres naturais que assolaram o Haiti, associado a crises políticas e econômicas levou milhares a migrarem para outros países, sendo o Brasil um dos principais fluxos desse processo migratório a partir de 2010. Notável que a mobilidade é parte integrante da biografia do povo haitiano.

A busca por trabalho foi uma das principais motivações para a vinda da população haitiana para o Brasil. Os haitianos vislumbravam o Brasil com esperança, acreditando que poderiam encontrar boas oportunidades de trabalho e melhoria de vida. Outro fator relevante para a escolha do território brasileiro como destino foi a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, criada em 2004, liderada pelo Brasil, que estreitou laços entre os dois países.

Da grande repercussão do Seminário Brasil E Haiti: Racismo, Ciência, Lutas Históricas E Dramas Atuais surgiu a ideia de produzir um livro, mantendo, entretanto, a marca da oralidade das apresentadoras.

No primeiro capítulo, estarão estudo da obra de Joseph-Anténor Firmin, antropólogo e advogado haitiano, que publicou o livro “A igualdade das raças humanas”, em resposta à obra racista de Arthur de Gobineau, a partir da palestra de Pâmela. No segundo capítulo, serão apresentadas considerações sobre o racismo científico no Brasil, desde experimentos da redução étnica e eugenia, e suas convergências com a ideia de aperfeiçoamento da nacionalidade, através de missões civilizatórias de instruir e sanear populações tradicionais, com a palestra de Carolina. No terceiro e último capítulo estará o relato de experiência de imigração haitiana na cidade de Porto Alegre/RS, a partir da palestra de Rebecca. Esperamos que a leitura dessas páginas consiga acionar a mesma comoção surgida naquela noite memorável.

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A idealização de um seminário sobre os dois países Brasil E Haiti: Racismo, Ciência, Lutas Históricas E Dramas Atuais nasceu de uma conversa informal, sem grandes pretensões, e se concretizou num lindo evento organizado pelo grupo de estudos da Comissão da Verdade Sobre a Escravidão Negra do RS/OABRS, com o apoio da Escola Superior da Advocacia/ESA-RS.

A conexão entre essas duas nações é histórica, mais precisamente no que tange ao tema escravidão, visto que ambos os países remontam, em suas trajetórias, à existência do preconceito e da discriminação. A Revolução Haitiana (1791-1804) tratou-se de um levante paradigmático na colônia de Saint-Domingue, levando à eliminação da escravidão e à independência do Haiti e tornando-o a primeira república governada por pessoas de ascendência africana.

A Revolução Haitiana é considerada como um momento decisivo na história dos africanos no Novo Mundo. Já no Brasil, somente houve o fim da escravidão no ano de 1888, por forte pressão de países estrangeiros, visto o Brasil ser o último país das Américas a ainda manter esse sistema.

Hoje, a conexão entre esses dois países se atualiza nos haitianos que chegam ao território brasileiro, pelos mais diversos motivos, quando o cenário catastrófico causado pelos desastres naturais que assolaram o Haiti, associado a crises políticas e econômicas levou milhares a migrarem para outros países, sendo o Brasil um dos principais fluxos desse processo migratório a partir de 2010. Notável que a mobilidade é parte integrante da biografia do povo haitiano.

A busca por trabalho foi uma das principais motivações para a vinda da população haitiana para o Brasil. Os haitianos vislumbravam o Brasil com esperança, acreditando que poderiam encontrar boas oportunidades de trabalho e melhoria de vida. Outro fator relevante para a escolha do território brasileiro como destino foi a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti, criada em 2004, liderada pelo Brasil, que estreitou laços entre os dois países.

Da grande repercussão do Seminário Brasil E Haiti: Racismo, Ciência, Lutas Históricas E Dramas Atuais surgiu a ideia de produzir um livro, mantendo, entretanto, a marca da oralidade das apresentadoras.

No primeiro capítulo, estarão estudo da obra de Joseph-Anténor Firmin, antropólogo e advogado haitiano, que publicou o livro “A igualdade das raças humanas”, em resposta à obra racista de Arthur de Gobineau, a partir da palestra de Pâmela. No segundo capítulo, serão apresentadas considerações sobre o racismo científico no Brasil, desde experimentos da redução étnica e eugenia, e suas convergências com a ideia de aperfeiçoamento da nacionalidade, através de missões civilizatórias de instruir e sanear populações tradicionais, com a palestra de Carolina. No terceiro e último capítulo estará o relato de experiência de imigração haitiana na cidade de Porto Alegre/RS, a partir da palestra de Rebecca. Esperamos que a leitura dessas páginas consiga acionar a mesma comoção surgida naquela noite memorável.

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