A Angústia Entre Kierkegaard E Heidegger

A pesquisa que originou o livro assumiu por tema o conceito de angústia no pensamento de dois filósofos contemporâneos, Kierkegaard e Heidegger.

A pesquisa assumiu por tema o conceito de angústia no pensamento de dois filósofos contemporâneos, Kierkegaard e Heidegger. O objetivo foi o de determinar que compreensão os pensadores têm do referido objeto; secundariamente, pretendeu-se estudo comparativo dessas compreensões, buscando estabelecer diferenças e semelhanças entre elas.

Apoiando-se em duas das obras nas quais o tema enfocado comparece, trabalhou-se primordialmente com O Conceito De Angústia, obra do pensador dinamarquês, e Ser E Tempo, do alemão. A tarefa frente a essas obras foi a reconstrução do conceito de angústia em cada uma destas, de tal modo que tal noção, ao final, pudesse se expressar em seus traços mais insinuantes.

A reconstrução foi elaborada de modo a considerar hermeneuticamente as visadas, as posições e as conceptualidades prévias dos dois filósofos. Desse modo, no caso de Kierkegaard, esteve em pauta sua metodologia psico-dogmática, isto é, os contextos bíblicos que servem como cenário para ilustração das ideias, como os de: “liberdade de escolha”, “pecado hereditário”, “Adão paradigmático”, “salto qualitativo”, “possibilidade”, “indivíduo”, “culpa” e, propriamente, o de “angústia”.

Em se tratando de Heidegger, desde abordagem fenomenológico-existencial, noções como a de “ser-aí”, “ser-no-mundo”, “decadência”, “impessoalidade”, “tonalidades afetivas fundamentais”, “crise patética” e “propriedade” estiveram em pauta. Nos dois casos, buscamos enfocar interpretativamente o conceito em questão tendo em vista o cenário da existência.

Além do conceito angústia, nos deteremos também nos conceitos possibilidade e liberdade, que na filosofia dos dois pensadores são diretamente afetadas pela angústia. Em Kierkegaard, o pecado, que representa a categoria da seriedade, possui estreita relação com a angústia (na forma de sua relação com a possibilidade e a liberdade); em Heidegger, os existenciários “se abrem” na afinação da tonalidade afetiva predominante, sendo a angústia a mais profunda das afinações afetivas, agindo amplamente sobre a liberdade e a possibilidade.

Nossa investigação procurará demonstrar as distinções entre os autores principalmente nas concepções de angústia, possibilidade e liberdade. Investiga-se, através delas, o fluxo existencial em sua dinâmica, uma vez que se trata de afetos catalisadores, a saber, categorias que vigoram na existência, capazes de determinar os rumos da existência individual. A análise desse fluxo é objeto de Kierkegaard, de Heidegger e nosso.

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A pesquisa que originou o livro assumiu por tema o conceito de angústia no pensamento de dois filósofos contemporâneos, Kierkegaard e Heidegger.

A pesquisa assumiu por tema o conceito de angústia no pensamento de dois filósofos contemporâneos, Kierkegaard e Heidegger. O objetivo foi o de determinar que compreensão os pensadores têm do referido objeto; secundariamente, pretendeu-se estudo comparativo dessas compreensões, buscando estabelecer diferenças e semelhanças entre elas.

Apoiando-se em duas das obras nas quais o tema enfocado comparece, trabalhou-se primordialmente com O Conceito De Angústia, obra do pensador dinamarquês, e Ser E Tempo, do alemão. A tarefa frente a essas obras foi a reconstrução do conceito de angústia em cada uma destas, de tal modo que tal noção, ao final, pudesse se expressar em seus traços mais insinuantes.

A reconstrução foi elaborada de modo a considerar hermeneuticamente as visadas, as posições e as conceptualidades prévias dos dois filósofos. Desse modo, no caso de Kierkegaard, esteve em pauta sua metodologia psico-dogmática, isto é, os contextos bíblicos que servem como cenário para ilustração das ideias, como os de: “liberdade de escolha”, “pecado hereditário”, “Adão paradigmático”, “salto qualitativo”, “possibilidade”, “indivíduo”, “culpa” e, propriamente, o de “angústia”.

Em se tratando de Heidegger, desde abordagem fenomenológico-existencial, noções como a de “ser-aí”, “ser-no-mundo”, “decadência”, “impessoalidade”, “tonalidades afetivas fundamentais”, “crise patética” e “propriedade” estiveram em pauta. Nos dois casos, buscamos enfocar interpretativamente o conceito em questão tendo em vista o cenário da existência.

Além do conceito angústia, nos deteremos também nos conceitos possibilidade e liberdade, que na filosofia dos dois pensadores são diretamente afetadas pela angústia. Em Kierkegaard, o pecado, que representa a categoria da seriedade, possui estreita relação com a angústia (na forma de sua relação com a possibilidade e a liberdade); em Heidegger, os existenciários “se abrem” na afinação da tonalidade afetiva predominante, sendo a angústia a mais profunda das afinações afetivas, agindo amplamente sobre a liberdade e a possibilidade.

Nossa investigação procurará demonstrar as distinções entre os autores principalmente nas concepções de angústia, possibilidade e liberdade. Investiga-se, através delas, o fluxo existencial em sua dinâmica, uma vez que se trata de afetos catalisadores, a saber, categorias que vigoram na existência, capazes de determinar os rumos da existência individual. A análise desse fluxo é objeto de Kierkegaard, de Heidegger e nosso.

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