Nesta dissertação, analisa-se a importância da evolução dos paradigmas do processo, de uma visão privatista marcada pela técnica do processo frio, neutro, excessivamente preocupada com a segurança da liberdade individual, passando por uma visão social do processo para uma ótica democrática, em que se propõe uma técnica mais eficaz, dinâmica, preocupada com a pacificação social e a real solução dos conflitos, sem desconsiderar as práticas neoliberais.
Como objetivo geral busca-se, também, demonstrar como o poder se manifesta e como as instituições são usadas para produzir um conhecimento deturpado para manter a sociedade engodada, incapaz de fomentar novas rupturas no sistema de poder.
O poder que está no interior das instituições pode ter a missão de espalhar o desconhecimento, a ignorância, o conhecimento equivocado (consciente ou inconsciente). Nesse modelo, seu objetivo seria colocar pensamentos falsos e ilusórios na mente das pessoas, porque o ser humano não poderia ter um conhecimento verdadeiro dos fenômenos psíquicos, políticos, econômicos ou sociais, mas apenas um conhecimento aproximado, deformado e equivocado. Esse “desconhecimento” se coloca como elemento estrutural da vida social. A função do desconhecimento seria tornar o mundo mais seguro para responder aos diversos problemas enfrentados pelas pessoas.
Com esse pensamento de dominação e manutenção do poder, as organizações sociais provocaram uma latente exposição dos riscos baseada em seu pensamento simplista de progresso, de aumento da economia para que se produza mais dinheiro e poder.
São, também, essas instituições que definem quem tem o direito à palavra, o que se pode dizer e, principalmente, o que não se pode dizer. Enfim, definem como dizer, no intuito de reafirmar seu poder e combater qualquer ameaça, sem se importar com a verdade contida no discurso deles.
O que se questiona na pós-modernidade é a pauperização da civilização, daquela sociedade industrializada clássica, que rompeu com a modernidade e assumiu nova forma, denominada “sociedade (industrial) de risco”. Uma sociedade altamente organizada, com diversos segmentos e com forte concorrência na busca pelo poder.
A Trapaça Científica Na Sociedade De Risco
- Direito, Filosofia
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