Diálogos Sul-Americanos

Diálogos Sul-Americanos uniu dois projetos que constituíram estudos e análises sobre a formulação e diretrizes das políticas externas latino-americanas.

Na primeira década do século XXI, os países da América do Sul deram impulso a um vigoroso projeto que tem por objetivo transformar sua região em um dos centros de um mundo multipolar.

Diálogos Sul-Americanos: 10 Anos Da Política Exterior, organizado por Laís Forti homaz, Suzeley Kalil Mathias e Marcelo Fernandes de Oliveira, faz um balanço oportuno e estimulante dos desaios enfrentados até aqui e das perspectivas para o futuro.

Os textos desta coletânea rica e plural dão uma importante contribuição para o estudo do processo pelo qual a América do Sul deixou, desde a virada do milênio, de ser um mero conceito cartográico para tornar-se uma realidade política.

Em comparação com os esforços pela integração latino-americana, que, como se sabe, remontam aos meados do século XX, a integração da América do Sul é um objetivo estipulado em época mais recente.

Com a transformação da realidade mundial após o fim da Guerra Fria, a necessidade de integrar a América do Sul como passo prévio para a consecução da união mais ampla da América Latina e do Caribe tornou-se bastante nítida.

Em 1993, a ideia de um espaço sul-americano tomou forma com a proposta de uma Área de Livre Comércio Sul-americana, a ALCSA, feita pelo Presidente Itamar Franco, em uma reunião do Grupo do Rio em Santiago do Chile.

A reação à iniciativa foi, naquele momento, tépida, uma vez que, em nossa vizinhança, os projetos de integração hemisférica recebiam grande atenção. Em 1994, essa alternativa condensou-se com o lançamento das negociações para a Área de Livre-Comércio das Américas, a ALCA.

A integração sul-americana e a integração hemisférica eram projetos visivelmente distintos. A ALCA, nos termos em que foi concebida, subordinaria toda a América do Sul à hegemonia econômica – e consequentemente política – dos Estados Unidos.

Uma parte do apoio recebido pela ALCA entre as elites governamentais na década de 1990 devia-se à possibilidade de que a assinatura de um tratado comercial hemisférico permitiria aos países interessados blindar [lock in] suas políticas macroeconômicas de índole liberal contra pressões sociais ou neodesenvolvimentistas.

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Diálogos Sul-Americanos: 10 Anos Da Política Exterior, organizado por Laís Forti homaz, Suzeley Kalil Mathias e Marcelo Fernandes de Oliveira, faz um balanço oportuno e estimulante dos desaios enfrentados até aqui e das perspectivas para o futuro.

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Em comparação com os esforços pela integração latino-americana, que, como se sabe, remontam aos meados do século XX, a integração da América do Sul é um objetivo estipulado em época mais recente.

Com a transformação da realidade mundial após o fim da Guerra Fria, a necessidade de integrar a América do Sul como passo prévio para a consecução da união mais ampla da América Latina e do Caribe tornou-se bastante nítida.

Em 1993, a ideia de um espaço sul-americano tomou forma com a proposta de uma Área de Livre Comércio Sul-americana, a ALCSA, feita pelo Presidente Itamar Franco, em uma reunião do Grupo do Rio em Santiago do Chile.

A reação à iniciativa foi, naquele momento, tépida, uma vez que, em nossa vizinhança, os projetos de integração hemisférica recebiam grande atenção. Em 1994, essa alternativa condensou-se com o lançamento das negociações para a Área de Livre-Comércio das Américas, a ALCA.

A integração sul-americana e a integração hemisférica eram projetos visivelmente distintos. A ALCA, nos termos em que foi concebida, subordinaria toda a América do Sul à hegemonia econômica – e consequentemente política – dos Estados Unidos.

Uma parte do apoio recebido pela ALCA entre as elites governamentais na década de 1990 devia-se à possibilidade de que a assinatura de um tratado comercial hemisférico permitiria aos países interessados blindar [lock in] suas políticas macroeconômicas de índole liberal contra pressões sociais ou neodesenvolvimentistas.

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