Continente Selvagem
: O Caos Na Europa Depois Da Segunda Guerra Mundial – Retrato chocante de uma Europa consumida por vingança, ressentimento e ódio.
Lembrado como um momento em que multidões encheram as ruas celebrando a paz, o fim da Segunda Guerra Mundial na Europa foi bem diferente na realidade. Em todo o continente, mais de 30 milhões de pessoas haviam sido mortas, com cidades inteiras arrasadas, paisagens devastadas e instituições totalmente ausentes.
Em Continente Selvagem, o premiado escritor e historiador inglês Keith Lowe descreve uma Europa onde alemães e colaboradores foram caçados e executados sumariamente, um violento antissemitismo renasceu, minorias foram perseguidas e dezenas de milhões de pessoas foram expulsas de suas terras ancestrais.
Com base em documentos originais e pesquisa em diversos idiomas e países, Continente Selvagem cobre os anos de 1944 a 1949, num arco temporal que vai do final da guerra ao estabelecimento de um equilíbrio ainda instável no fim da década de 1940.
Imaginem um mundo sem instituições. Um mundo em que as fronteiras entre os países pareçam ter se dissolvido, deixando uma paisagem única, interminável, na qual as pessoas viajam em busca de comunidades que não existem mais. Não há mais governos, sejam eles em escala nacional ou local.
Não há escolas ou universidades, não há bibliotecas ou arquivos, nenhum acesso a qualquer tipo de informação. Não há cinemas ou teatros, e, certamente, não há televisão. O rádio de vez em quando funciona, mas o sinal é distante, e quase sempre em uma língua estrangeira. Ninguém vê um jornal há semanas. Não há ferrovias ou automóveis, não há telefones ou telegramas, não há correio, nenhuma forma de comunicação a não ser o que é passado de boca em boca.
Não há bancos, mas isso não causa uma grande dificuldade porque o dinheiro não tem mais nenhum valor. Não há lojas, porque ninguém tem nada para vender. Nada é feito aqui: as grandes fábricas e comércios que costumavam existir foram todos destruídos ou desmantelados, bem como a maioria dos outros edifícios. Não há ferramentas, a não ser o que pode ser desenterrado do lixo. Não há comida.
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