Parteiras Tradicionais

Os capítulos expõem relatos das e sobre as parteiras, sobre suas trajetórias, seus enfrentamentos, suas diligências e suas expectativas na arte de partejar.

Este livro sobre Parteiras Tradicionais: Conhecimentos Compartilhados, Práticas E Cuidados Em Saúde foi cuidadosamente concebido e organizado com o propósito de contribuir para o reconhecimento social e político das práticas e dos saberes daquelas (e, daqueles em bem menor número) que, através de gerações acompanham e assistem as mulheres em momentos da sua gestação, parição e pós-parto, em especial, àquelas cuja morada se situa em áreas distantes dos circuitos de atendimento dos serviços públicos de saúde.

Em seu conjunto, os vários capítulos expõem relatos das e sobre as parteiras, sobre suas trajetórias, seus enfrentamentos, suas diligências e suas expectativas na “arte de partejar”. As análises reportam-se, em grande parte, às parteiras que atuam em pequenas comunidades rurais da região do Alto e Médio Solimões, Amazônia, incluindo as parteiras de etnia Kambeba, sendo também narradas as formas de atuação das parteiras em uma comunidade rural de Pernambuco e das etnias Pankaruru e Potiguara localizadas no Nordeste e da etnia Kaingang, na região Sudeste.

Ainda, merece destaque a inserção da análise sobre a inserção das parteiras na estrutura de atendimento à saúde na Bolívia. Portanto, o tema é abordado em uma ampla dimensão cultural e espacial, e, em alguns casos, também transgeracional, possibilitando análises comparativas.

A composição desta obra nos possibilita refletir sobre importantes questões, dentre as quais destaco a relevância da construção dos textos a partir do que os autores denominam como uma “abordagem participativa”, quando, com envolvimento dos pesquisadores e técnicos da área de saúde as parteiras foram estimuladas ao relato oral, e assim desenvolveram suas narrativas a partir dos registros em suas memórias sobre os fatos que mais marcaram suas relações com as mulheres gestantes e parturientes, as condições de realização dos partos, o compartilhamento dos seus medos e constantes desafios, das suas satisfações pessoais e de suas expectativas em relação aos seus compromissos com o trabalho comunitário.

Essa forma de registro imprime uma marca na valorização dos saberes que muitas vezes tem sido obscurecidos e mesmo negados por formas impositivas das tradicionais técnicas de pesquisa social. Esta é uma prática que tem ganhado vários adeptos no esforço de descolonizar as formas de construção dos argumentos científicos. É um caminho importante que precisa ser mais valorizado e desenvolvido possibilitando o registro e reconhecimento social das diversas formas de saber.

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Em seu conjunto, os vários capítulos expõem relatos das e sobre as parteiras, sobre suas trajetórias, seus enfrentamentos, suas diligências e suas expectativas na “arte de partejar”. As análises reportam-se, em grande parte, às parteiras que atuam em pequenas comunidades rurais da região do Alto e Médio Solimões, Amazônia, incluindo as parteiras de etnia Kambeba, sendo também narradas as formas de atuação das parteiras em uma comunidade rural de Pernambuco e das etnias Pankaruru e Potiguara localizadas no Nordeste e da etnia Kaingang, na região Sudeste.

Ainda, merece destaque a inserção da análise sobre a inserção das parteiras na estrutura de atendimento à saúde na Bolívia. Portanto, o tema é abordado em uma ampla dimensão cultural e espacial, e, em alguns casos, também transgeracional, possibilitando análises comparativas.

A composição desta obra nos possibilita refletir sobre importantes questões, dentre as quais destaco a relevância da construção dos textos a partir do que os autores denominam como uma “abordagem participativa”, quando, com envolvimento dos pesquisadores e técnicos da área de saúde as parteiras foram estimuladas ao relato oral, e assim desenvolveram suas narrativas a partir dos registros em suas memórias sobre os fatos que mais marcaram suas relações com as mulheres gestantes e parturientes, as condições de realização dos partos, o compartilhamento dos seus medos e constantes desafios, das suas satisfações pessoais e de suas expectativas em relação aos seus compromissos com o trabalho comunitário.

Essa forma de registro imprime uma marca na valorização dos saberes que muitas vezes tem sido obscurecidos e mesmo negados por formas impositivas das tradicionais técnicas de pesquisa social. Esta é uma prática que tem ganhado vários adeptos no esforço de descolonizar as formas de construção dos argumentos científicos. É um caminho importante que precisa ser mais valorizado e desenvolvido possibilitando o registro e reconhecimento social das diversas formas de saber.

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