Literatura Indígena Brasileira Contemporânea

Literatura Indígena Brasileira Contemporânea objetiva correlacionar autoria, autonomia e ativismo, na perspectiva dos e pelos sujeitos marginalizados.

Este trabalho representa uma continuidade relativamente ao texto Literatura Indígena Brasileira Contemporânea: Criação, Crítica e Recepção, publicado no ano de 2018, no qual procuramos abordar a questão da produção estético-literária indígena desde uma dupla perspectiva que, de todo modo, para nós, está em permanente interação: a visibilização dos/as próprios/as escritores/as indígenas, a publicização, a escuta e o estudo de suas palavras; e a interpretação e a utilização acadêmicas dos textos e, obviamente, da própria perspectiva epistêmica, política, estética, ontológica inclusive, desses/as escritores/as enquanto intelectuais que falam-agem – voz-práxis – desde sua condição como indígenas, uma vez que, como podemos perceber neste texto por meio de suas palavras, é a partir dessa condição como indígena que a literatura nativa (Olívio Jekupé) construída
pelos/as pensadores/as originários/as (Aline Pachamama) ganha seu sentido e adquire sua dinâmica.

A literatura é indígena não apenas por uma questão de modismo, embora o modismo já pudesse ser suficiente para legitimá-la – afinal, não existiria academia em particular ou sociedade civil de um modo geral se não houvesse diversidade epistêmica, política e estética (os muitos “ismos”, as muitas “logias”, os muitos partidos etc.).

A literatura é indígena, contudo, por algo muito mais importante e que encontra seu sentido exatamente no próprio processo de construção do sistema-mundo euronorcêntrico em que a tríade colonialismo-racismo-menoridade constitui o núcleo basilar de funcionamento.

Literatura Indígena Brasileira Contemporânea objetiva correlacionar autoria, autonomia e ativismo, no sentido de que o enfrentamento da menoridade exige exatamente uma perspectiva autoral autônoma e militante dos e pelos sujeitos marginalizados, a partir de sua condição e de suas experiências como singularidade.

Como dissemos acima, se a menoridade é justificada pela ideia de que o/a outro/a é um sujeito infantilizado, degenerado e até animalesco, um imbecil, tendo de ser afastado da esfera pública e escondido no mato, na cozinha, no armário ou na senzala, devendo, portanto, ficar na esfera privada, invisibilizado e silenciado, de modo que seu senhor falaria por ele/a, o enfrentamento dessa perspectiva colonial, racista e autoritária exige a politização, que só vem com a publicização da própria voz-práxis, que só se efetiva como esfera pública, como militância direta, como um pensamento-práxis que desnaturaliza e, então, politiza intersubjetivamente as condições, os sujeitos, as histórias, os valores e as práticas, assim como os símbolos, construídos em termos de colonização e por meio do racismo.

E, ao fazer isso, traz para o centro da vida democrática novas ontologias, epistemologias, éticas, estéticas e utopias. Acreditamos que o pensamento indígena pode ser a base para uma nova perspectiva teórico-prática de crítica e de reconstrução da modernização.

Pedimos aos que tentarem baixar este ebook, que nos notifiquem, caso tenham alguma dificuldade

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pelos/as pensadores/as originários/as (Aline Pachamama) ganha seu sentido e adquire sua dinâmica.

A literatura é indígena não apenas por uma questão de modismo, embora o modismo já pudesse ser suficiente para legitimá-la – afinal, não existiria academia em particular ou sociedade civil de um modo geral se não houvesse diversidade epistêmica, política e estética (os muitos “ismos”, as muitas “logias”, os muitos partidos etc.).

A literatura é indígena, contudo, por algo muito mais importante e que encontra seu sentido exatamente no próprio processo de construção do sistema-mundo euronorcêntrico em que a tríade colonialismo-racismo-menoridade constitui o núcleo basilar de funcionamento.

Literatura Indígena Brasileira Contemporânea objetiva correlacionar autoria, autonomia e ativismo, no sentido de que o enfrentamento da menoridade exige exatamente uma perspectiva autoral autônoma e militante dos e pelos sujeitos marginalizados, a partir de sua condição e de suas experiências como singularidade.

Como dissemos acima, se a menoridade é justificada pela ideia de que o/a outro/a é um sujeito infantilizado, degenerado e até animalesco, um imbecil, tendo de ser afastado da esfera pública e escondido no mato, na cozinha, no armário ou na senzala, devendo, portanto, ficar na esfera privada, invisibilizado e silenciado, de modo que seu senhor falaria por ele/a, o enfrentamento dessa perspectiva colonial, racista e autoritária exige a politização, que só vem com a publicização da própria voz-práxis, que só se efetiva como esfera pública, como militância direta, como um pensamento-práxis que desnaturaliza e, então, politiza intersubjetivamente as condições, os sujeitos, as histórias, os valores e as práticas, assim como os símbolos, construídos em termos de colonização e por meio do racismo.

E, ao fazer isso, traz para o centro da vida democrática novas ontologias, epistemologias, éticas, estéticas e utopias. Acreditamos que o pensamento indígena pode ser a base para uma nova perspectiva teórico-prática de crítica e de reconstrução da modernização.

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