A Economia Compartilhada E A Uberização Do Trabalho

Nesta obra, Josiane Caldas investiga em que medida alternativas como a economia compartilhada pode ser vista como uma utopia transformadora.

A posição mais insegura dos trabalhadores engendrada por mudanças recentes, como a queda do muro de Berlim, o avanço tecnológico, a fragilização das democracias, o agravamento da concentração da renda pessoal, o crescimento do desemprego, o avanço da direita liberal no mundo e, até mesmo, a investida de um fascismo assustador tem permitido esse contínuo ataque aos seus direitos bem como uma negação de sua imprescindibilidade sob o capital, produzindo algumas distopias.

E é neste contexto desafiador que Josiane Caldas nos entrega o livro A Economia Compartilhada E A Uberização Do Trabalho: Utopias Do Nosso Tempo? O título não poderia ser mais instigante. E de que utopia a autora nos fala? Ela nos desafia quanto à possibilidade de vivermos sem utopias.

De forma muito lúcida reconhece que há uma forte ligação entre a utopia e o ser humano, diante da necessidade permanente de compreender o seu lugar no mundo, critica-lo e projetar as possibilidades futuras. Ou seja, ter e viver utopias faz parte da condição humana, especialmente pelo papel transformador que ela carrega e que é também parte do desejo e da condição humana.

Com uma análise rica e criteriosa, ela escolhe dois ícones, um da contemporaneidade teórica, a economia do compartilhamento, e outro, da realidade concreta, a empresa Uber Technologies Inc, para responder a seguinte pergunta: em que medida, a proposta da economia compartilhada, a qual na visão de alguns autores, pode vir a ser em poucos anos, uma alternativa ao capitalismo, por ter uma proposta de cooperação, e não de conflito, poderia também ser compreendida como uma utopia transformadora no sentido de oferecer melhores condições de vida aos trabalhadores?

O percurso para responder a essa pergunta é primoroso por recuperar um debate sobre utopias e também por adentrar com segurança num dos temas mais atuais, que é o compartilhamento. Segundo essa interpretação, mais importante do que a posse é o acesso a bens e serviços, o que certamente estabelece novas relações econômicas.

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Nesta obra, Josiane Caldas investiga em que medida alternativas como a economia compartilhada pode ser vista como uma utopia transformadora.

A posição mais insegura dos trabalhadores engendrada por mudanças recentes, como a queda do muro de Berlim, o avanço tecnológico, a fragilização das democracias, o agravamento da concentração da renda pessoal, o crescimento do desemprego, o avanço da direita liberal no mundo e, até mesmo, a investida de um fascismo assustador tem permitido esse contínuo ataque aos seus direitos bem como uma negação de sua imprescindibilidade sob o capital, produzindo algumas distopias.

E é neste contexto desafiador que Josiane Caldas nos entrega o livro A Economia Compartilhada E A Uberização Do Trabalho: Utopias Do Nosso Tempo? O título não poderia ser mais instigante. E de que utopia a autora nos fala? Ela nos desafia quanto à possibilidade de vivermos sem utopias.

De forma muito lúcida reconhece que há uma forte ligação entre a utopia e o ser humano, diante da necessidade permanente de compreender o seu lugar no mundo, critica-lo e projetar as possibilidades futuras. Ou seja, ter e viver utopias faz parte da condição humana, especialmente pelo papel transformador que ela carrega e que é também parte do desejo e da condição humana.

Com uma análise rica e criteriosa, ela escolhe dois ícones, um da contemporaneidade teórica, a economia do compartilhamento, e outro, da realidade concreta, a empresa Uber Technologies Inc, para responder a seguinte pergunta: em que medida, a proposta da economia compartilhada, a qual na visão de alguns autores, pode vir a ser em poucos anos, uma alternativa ao capitalismo, por ter uma proposta de cooperação, e não de conflito, poderia também ser compreendida como uma utopia transformadora no sentido de oferecer melhores condições de vida aos trabalhadores?

O percurso para responder a essa pergunta é primoroso por recuperar um debate sobre utopias e também por adentrar com segurança num dos temas mais atuais, que é o compartilhamento. Segundo essa interpretação, mais importante do que a posse é o acesso a bens e serviços, o que certamente estabelece novas relações econômicas.

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