Além Da Cruz E Da Espada

Conhecedor da cultura clássica, a de Grécia e Roma em especial, o autor está sempre à vontade no trato com a Mitologia, como se tivesse regressado recentemente do monte Olimpo, onde foi pesquisar a respeito de deuses e heróis

, com o auxílio de Ovídio, de Werner Jaeger, ou pelas mãos do brasileiro, nosso colega, precocemente desaparecido, Junito de Souza Brandão.
Esses fundamentos lhe são utilíssimos na análise que faz d’A Demanda do Santo Graal. Desta feita – e tal como ocorreu com Dante tendo por guia Vergílio nas terze rime da Comédia – levado pelas mãos de Augusto Magne, de Irene Freire Nunes, de Heitor Megale e de Lênia Márcia Mongelli.
Seu propósito, naturalmente alcançado a contento, foi demonstrar que a leitura d’A Demanda do Santo Graal não pode ficar restrita às simbólicas cruzes e espadas conotativas do período medieval. É que ele encontra e indica resíduos clássicos presentes nessa narrativa cavaleiresca, demonstrativos de como se articulam as concepções do herói greco-romano da literatura clássica e do cavaleiro mediévico; sobretudo no modelo dado na obra escolhida para exame. Como diz William Craveiro, quase ao fim de seu livro: “o imaginário do (ou ‘que foi criado em torno do’) cavaleiro medieval, a partir do que se pôde retirar das novelas de cavalaria, apresenta-se residual, quando comparado ao do herói mítico greco-romano: a Literatura mostra que os modos de agir, de pensar e de sentir do cavaleiro mediévico que se movimenta nas novelas da Baixa Idade Média assemelha-se imenso aos do herói greco-latino que se pode encontrar nos mitos e nas epopeias dos antigos”.
Integrante imprescindível do Grupo de Estudos de Residualidade Literária e Cultural, William reservou o capítulo de abertura deste volume, intitulado “Do Referencial Teórico”, para estabelecer distinções entre os conceitos de residualidade e intertextualidade; mentalidade, imaginário e ideologia; dominante, residual, arcaico e emergente; hibridação cultural e cristalização – e o fez de forma irrepreensível; tanto que passa a ser leitura obrigatória para quem deseja se haver com a Teoria da Residualidade.
O que se tem nas páginas a seguir é um texto próprio, secundado por investigação erudita e citações bem articuladas – as mais longas, feitas para brindar os leitores com material de difícil acesso. A tanto deve ser acrescido o contributo singular trazido à elucidação do assunto, a fartura do material escrito e a coerência encontrável entre as partes do texto apresentado.

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Conhecedor da cultura clássica, a de Grécia e Roma em especial, o autor está sempre à vontade no trato com a Mitologia, como se tivesse regressado recentemente do monte Olimpo, onde foi pesquisar a respeito de deuses e heróis, com o auxílio de Ovídio, de Werner Jaeger, ou pelas mãos do brasileiro, nosso colega, precocemente desaparecido, Junito de Souza Brandão.
Esses fundamentos lhe são utilíssimos na análise que faz d’A Demanda do Santo Graal. Desta feita – e tal como ocorreu com Dante tendo por guia Vergílio nas terze rime da Comédia – levado pelas mãos de Augusto Magne, de Irene Freire Nunes, de Heitor Megale e de Lênia Márcia Mongelli.
Seu propósito, naturalmente alcançado a contento, foi demonstrar que a leitura d’A Demanda do Santo Graal não pode ficar restrita às simbólicas cruzes e espadas conotativas do período medieval. É que ele encontra e indica resíduos clássicos presentes nessa narrativa cavaleiresca, demonstrativos de como se articulam as concepções do herói greco-romano da literatura clássica e do cavaleiro mediévico; sobretudo no modelo dado na obra escolhida para exame. Como diz William Craveiro, quase ao fim de seu livro: “o imaginário do (ou ‘que foi criado em torno do’) cavaleiro medieval, a partir do que se pôde retirar das novelas de cavalaria, apresenta-se residual, quando comparado ao do herói mítico greco-romano: a Literatura mostra que os modos de agir, de pensar e de sentir do cavaleiro mediévico que se movimenta nas novelas da Baixa Idade Média assemelha-se imenso aos do herói greco-latino que se pode encontrar nos mitos e nas epopeias dos antigos”.
Integrante imprescindível do Grupo de Estudos de Residualidade Literária e Cultural, William reservou o capítulo de abertura deste volume, intitulado “Do Referencial Teórico”, para estabelecer distinções entre os conceitos de residualidade e intertextualidade; mentalidade, imaginário e ideologia; dominante, residual, arcaico e emergente; hibridação cultural e cristalização – e o fez de forma irrepreensível; tanto que passa a ser leitura obrigatória para quem deseja se haver com a Teoria da Residualidade.
O que se tem nas páginas a seguir é um texto próprio, secundado por investigação erudita e citações bem articuladas – as mais longas, feitas para brindar os leitores com material de difícil acesso. A tanto deve ser acrescido o contributo singular trazido à elucidação do assunto, a fartura do material escrito e a coerência encontrável entre as partes do texto apresentado.

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