Pesquisa Em Educação Escolar: Percursos E Perspectivas

O tema que conduz e confere unidade às reflexões aqui presentes é a educação escolar pensada a partir de diferentes perspectivas. A preocupação que perpassa todos os textos pode ser expressa na seguinte pergunta: como enfrentar os problemas vividos pela escola, em um momento em que se atribui a ela uma infinidade de responsabilidades?

Cada autor, circunscrito à sua temática de pesquisa, nos instiga a pensar essa questão. O que move cada um é o desejo de que a escola acolha aqueles que lá chegam e que se responsabilize por eles, mas sem perder de vista o quanto é complexa e delicada essa atividade de inserção dos novos, dos que nascem, neste mundo. Talvez, a ideia de responsabilidade seja mesmo a que melhor defina os propósitos gerais desta coletânea, a qual se manifesta no compromisso político com a educação de crianças e de adolescentes, portanto, compromisso com o mundo em que vivemos.
Ao tratar da responsabilidade política inerente à tarefa daqueles que educam os mais jovens, Hannah Arendt se refere a ela assim:
A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fosse a renovação e a vinda dos novos e dos jovens. A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.
Além do compromisso político aqui explicitado, há outro motivo que, por si só, justifica a publicação desta coletânea, que é o fato de tratar-se de resultados de pesquisas produzidas em uma universidade pública, portanto financiadas pelo Estado. Nesse caso, tornar públicos esses resultados é uma exigência moral, visto ser esta uma maneira de se prestar contas sobre o que se faz na universidade, bem como de avaliar e pôr à prova o que foi feito. Afinal, a que distância nos encontramos da realidade e dos problemas que afligem a escola? A resposta a essa pergunta poderá ter como parâmetro os textos aqui presentes.

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Ao tratar da responsabilidade política inerente à tarefa daqueles que educam os mais jovens, Hannah Arendt se refere a ela assim:
A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fosse a renovação e a vinda dos novos e dos jovens. A educação é, também, onde decidimos se amamos nossas crianças o bastante para não expulsá-las de nosso mundo e abandoná-las a seus próprios recursos, e tampouco arrancar de suas mãos a oportunidade de empreender alguma coisa nova e imprevista para nós, preparando-as em vez disso com antecedência para a tarefa de renovar um mundo comum.
Além do compromisso político aqui explicitado, há outro motivo que, por si só, justifica a publicação desta coletânea, que é o fato de tratar-se de resultados de pesquisas produzidas em uma universidade pública, portanto financiadas pelo Estado. Nesse caso, tornar públicos esses resultados é uma exigência moral, visto ser esta uma maneira de se prestar contas sobre o que se faz na universidade, bem como de avaliar e pôr à prova o que foi feito. Afinal, a que distância nos encontramos da realidade e dos problemas que afligem a escola? A resposta a essa pergunta poderá ter como parâmetro os textos aqui presentes.

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