Teorias Da Comunicação

O presente volume da coleção Estudos de Comunicação reúne textos que têm origem nas comunicações proferidas numas jornadas, realizadas na Universidade da Beira Interior, em Março de 2003, consagradas ao tema Teorias da Comunicação.

Os organizadores, dessas jornadas, e da presente coletânea, estavam conscientes, à partida, do duplo risco a que se sujeitavam com a realização de tal empresa – o risco do eclectismo e da monumentalidade. Não será a “comunicação” um fenômeno abordado por “teorias” de tal maneira díspares e diversas que a reunião de análises provenientes de tão diferentes perspectivas acabe por não ser mais do que uma eclética manta de retalhos que apenas servirá, quanto muito, para fazer um balanço puramente somatório, mais ou menos exaustivo ou monumental, das abordagens teóricas em voga?
Os organizadores acharam que, mesmo se a resposta a esta pergunta fosse afirmativa, o seu trabalho e o dos autores teria, pelo menos, a utilidade de dar a ver, quanto mais não fosse numa perspectiva necessariamente não exaustiva, embora significativa, o
state of the art dos estudos sobre esta temática em Portugal. Acontece, porém, que, uma vez realizadas as jornadas e analisados os textos, obviamente mais elaborados do que as comunicações orais, que os autores produziram para a presente coletânea, os organizadores aperceberam-se que a questão acima formulada, que, reconhecidamente, os afligia, até podia ter uma resposta negativa e, portanto, feliz. Coisa que viria reforçar ainda mais a utilidade da sua empresa. Com efeito, verificou-se que os estudos aqui reunidos, apesar de terem sido feitos no âmbito de diferentes “disciplinas”, e, dentro destas, amiúde
a partir de ângulos de análise heterogêneos, apresentam como denominador comum os temas da “improbabilidade” da comunicação – ou de uma correlativa “incerteza” da informação – e da “estranheza” que motiva o comunicar.
Tudo se passa como se a ”incerteza" fosse a condição de possibilidade objetiva da comunicação e a estranheza o motivo que leva os sujeitos a comunicar, a multiplicar os atos de comunicação. Improbabilidade e estranheza seriam duas faces da mesma moeda, duas perspectivas simétricas do mesmo processo.

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Os organizadores acharam que, mesmo se a resposta a esta pergunta fosse afirmativa, o seu trabalho e o dos autores teria, pelo menos, a utilidade de dar a ver, quanto mais não fosse numa perspectiva necessariamente não exaustiva, embora significativa, o
state of the art dos estudos sobre esta temática em Portugal. Acontece, porém, que, uma vez realizadas as jornadas e analisados os textos, obviamente mais elaborados do que as comunicações orais, que os autores produziram para a presente coletânea, os organizadores aperceberam-se que a questão acima formulada, que, reconhecidamente, os afligia, até podia ter uma resposta negativa e, portanto, feliz. Coisa que viria reforçar ainda mais a utilidade da sua empresa. Com efeito, verificou-se que os estudos aqui reunidos, apesar de terem sido feitos no âmbito de diferentes “disciplinas”, e, dentro destas, amiúde
a partir de ângulos de análise heterogêneos, apresentam como denominador comum os temas da “improbabilidade” da comunicação – ou de uma correlativa “incerteza” da informação – e da “estranheza” que motiva o comunicar.
Tudo se passa como se a ”incerteza” fosse a condição de possibilidade objetiva da comunicação e a estranheza o motivo que leva os sujeitos a comunicar, a multiplicar os atos de comunicação. Improbabilidade e estranheza seriam duas faces da mesma moeda, duas perspectivas simétricas do mesmo processo.

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