O Ano Que Zumbi Tomou O Rio

O Ano Que Zumbi Tomou O Rio - Os morros do Rio de Janeiro estão a arder. Aproxima-se o dia em que a guerra descerá sobre os bairros ricos da cidade. Um antigo coronel do Ministério da Segurança de Estado de Angola, que trocou o seu país pelo Brasil, fugindo às armadilhas de um amor feroz e ao tormento da memória, prepara esse dia. Um jornalista mergulha no incêndio dos morros cariocas em busca de respostas a perguntas que poucos se atrevem a colocar.


O aumento da tensão racial é inevitável à medida que a consciência racial avançar no país, pois a relação entre negros e brancos é uma relação violenta, historicamente de expropriação, de desumanização, e isso é profundamente brutal. Se os negros ainda não conseguiram se organizar o suficiente para dar uma resposta política para isso, precisam continuar caminhando nesse sentido. Nenhum povo foi oprimido indefinidamente.
Entendo o seguinte: há segmentos organizados de negros no país buscando equacionar o problema racial numa perspectiva pacifista, mas, se essa sociedade não responde, não há como impedir que outras formas de luta sejam desencadeadas. É uma questão de legítima defesa. Não sabemos como as próximas gerações vão responder a tamanha exclusão.”
Tudo isto acontece agora. Zumbi, o mítico herói do Quilombo de Palmares, voltou pra tomar o Rio.
Sentir-se na fronteira da identidade cultural, tendo um pé na África, a cabeça em Portugal e os sentimentos no Brasil, assim Agualusa proclama a existência de uma Lusofonia que não quer calar-se. No processo de criação de O Ano Que Zumbi Tomou O Rio, o autor realizou várias entrevistas em favelas cariocas, um verdadeiro trabalho de campo que culminou na eloquente história que nos é apresentada neste livro.

José Eduardo Agualusa Alves da Cunha nasceu em 13 de dezembro de 1960 e é um escritor angolano de ascendência portuguesa e brasileira.
Iniciou a carreira literária em 1988, e é considerado um dos mais importantes escritores africanos dos últimos tempos, escreveu obras como com “A conjura”. Entre seus livros, destacam-se os romances “Nação Crioula”, “O Vendedor de Passados” (prêmio de ficção estrangeira do jornal inglês The Independent) e “As Mulheres do Meu Pai”, os volumes de contos “Fronteiras Perdidas” e “Catálogo de sombras”, além das peças de teatro “Chovem Amores na rua do Matador” (com Mia Couto) e “Aquela Mulher”. Atualmente divide seu tempo entre Luanda e Lisboa.

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