O Corpo Na História

Apresentado como resultado parcial de uma linha de estudo desenvolvida há vários anos, o mais recente livro de José Carlos Rodrigues, O Corpo Na História, dá sequência a outras importantes publicações como Tabu do Corpo e Tabu da Morte.
O objeto de O Corpo Na História é evidenciar os movimentos que constituíram a subjetividade contemporânea, elaborando uma história da sensibilidade da cultura ocidental. Para dar liberdade às suas inquietações, assume fugir aos rigores que buscam delimitar disciplinas científicas, como a História e a Antropologia.


A necessidade de pensar criativamente a respeito de um problema não obedece às amarras dos pontos de vista e fronteiras disciplinares.
A história da sensibilidade se diferencia da história das mentalidades. O que os homens pensam, suas ideias, nem sempre coincidem com o que sentem, apesar de haver uma interdependência entre ambos. Nossas formas de sentir, aparentemente naturais, têm uma história.
Os detalhes e variações que configuraram o passado ainda permanecem presentes. O autor identifica a Idade Média como a época em que ressaltam-se maiores contrastes e antagonismos nos sensos estéticos. A Idade Média constitui "o outro específico da civilização moderna e contemporânea".
Justamente por isso, ele escolhe esse período como ponto referencial, pois o contraste é capaz de revelar mais claramente o que se busca renegar. Trazer à lembrança a Idade Média para compreender a subjetividade contemporânea é buscar decifrar o "que somos à luz do que pensamos que não somos mais".
Talvez possamos tentar entender a constituição do processo civilizador no ocidente como conformação histórica de modos de lidar ou mesmo recalcar experiências vividas de forma mais íntegra na sociedade medieval. Como diz José Carlos Rodrigues, é necessário intrepidez e destemor para tratar temas - lixo, fezes, sangue e morte - tão avessos à sensibilidade burguesa.
O distanciamento que hoje conhecemos entre, por um lado, uma cultura de elite e, por outro, uma cultura "baixa" não existia naquele período. Na Idade Média e ainda no Renascimento, tanto os seres, quanto as coisas, eram percebidos como uma continuidade. A proximidade ou vizinhança, por exemplo, indicavam afinidades entres animais, plantas, homem, céu, terra, mar etc...

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Apresentado como resultado parcial de uma linha de estudo desenvolvida há vários anos, o mais recente livro de José Carlos Rodrigues, O Corpo Na História, dá sequência a outras importantes publicações como Tabu do Corpo e Tabu da Morte.
O objeto de O Corpo Na História é evidenciar os movimentos que constituíram a subjetividade contemporânea, elaborando uma história da sensibilidade da cultura ocidental. Para dar liberdade às suas inquietações, assume fugir aos rigores que buscam delimitar disciplinas científicas, como a História e a Antropologia.
A necessidade de pensar criativamente a respeito de um problema não obedece às amarras dos pontos de vista e fronteiras disciplinares.
A história da sensibilidade se diferencia da história das mentalidades. O que os homens pensam, suas ideias, nem sempre coincidem com o que sentem, apesar de haver uma interdependência entre ambos. Nossas formas de sentir, aparentemente naturais, têm uma história.
Os detalhes e variações que configuraram o passado ainda permanecem presentes. O autor identifica a Idade Média como a época em que ressaltam-se maiores contrastes e antagonismos nos sensos estéticos. A Idade Média constitui “o outro específico da civilização moderna e contemporânea”.
Justamente por isso, ele escolhe esse período como ponto referencial, pois o contraste é capaz de revelar mais claramente o que se busca renegar. Trazer à lembrança a Idade Média para compreender a subjetividade contemporânea é buscar decifrar o “que somos à luz do que pensamos que não somos mais”.
Talvez possamos tentar entender a constituição do processo civilizador no ocidente como conformação histórica de modos de lidar ou mesmo recalcar experiências vividas de forma mais íntegra na sociedade medieval. Como diz José Carlos Rodrigues, é necessário intrepidez e destemor para tratar temas – lixo, fezes, sangue e morte – tão avessos à sensibilidade burguesa.
O distanciamento que hoje conhecemos entre, por um lado, uma cultura de elite e, por outro, uma cultura “baixa” não existia naquele período. Na Idade Média e ainda no Renascimento, tanto os seres, quanto as coisas, eram percebidos como uma continuidade. A proximidade ou vizinhança, por exemplo, indicavam afinidades entres animais, plantas, homem, céu, terra, mar etc

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