Uma Genealogia Da Espiral Do Silêncio

José Carlos Alexandre - Uma Genealogia Da Espiral Do Silêncio: A Expressão Da Opinião Sobre As Praxes Académicas

Em 1974, Elisabeth Noelle-Neumann apresentou a espiral do silêncio, uma teoria que tenta explicar a formação, continuidade, alteração, efeitos e funções da opinião pública.

A opinião pública assume aqui como principal função assegurar a coesão social, ameaçando com o ostracismo e a exclusão os que se lhe opõem.

A espiral do silêncio é uma abordagem teórica mais ambiciosa e abrangente, que tenta também explicar como é que a opinião pública pode afetar a vida e o comportamento das pessoas, assegurar a coesão social e influenciar os processos de decisão dentro de uma sociedade.

A opinião pública é aqui equiparada à sentença de um tribunal, a que ninguém fica indiferente, desde o cidadão comum ao mais poderoso dos governantes; é uma forma de coação, no sentido em que ameaça os dissidentes com o ostracismo e a exclusão social.

Essa coação é um dos preços a pagar pelos indivíduos para garantir a coesão e a estabilidade da sociedade em que vivem. Numa palavra, a opinião pública é uma forma de controlo social.

A autora alemã sempre admitiu abertamente que a espiral do silêncio é tributária e subsidiária de outros autores. A sua teoria visava precisamente recuperar e resgatar um conceito de opinião pública que a autora dizia remontar à Antiguidade Clássica.

Elaborar uma genealogia da espiral do silêncio é o primeiro objetivo deste trabalho. Para o efeito, partimos das referências deixadas pela própria autora nos seus textos e recorremos aos conceitos de público, espaço público e opinião pública.

O segundo objetivo é testar empiricamente esta teoria da opinião pública. Teremos em conta as abordagens críticas e os desenvolvimentos metodológicos suscitados pela espiral do silêncio ao longo dos seus mais de 40 anos de vida.

A expressão da opinião sobre as praxes académicas é o tema da nossa investigação empírica. Tendo por base uma amostra de 701 estudantes da Universidade da Beira Interior e do Instituto Politécnico da Guarda, pretendemos responder a duas questões principais.

Primeira, serão os estudantes condicionados na expressão da sua opinião sobre as praxes académicas? Segunda, existirá uma espiral do silêncio associada às praxes académicas?

Os resultados do nosso estudo empírico apontam para uma resposta afirmativa a estas duas questões.

 

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José Carlos Alexandre – Uma Genealogia Da Espiral Do Silêncio: A Expressão Da Opinião Sobre As Praxes Académicas

Em 1974, Elisabeth Noelle-Neumann apresentou a espiral do silêncio, uma teoria que tenta explicar a formação, continuidade, alteração, efeitos e funções da opinião pública.

A opinião pública assume aqui como principal função assegurar a coesão social, ameaçando com o ostracismo e a exclusão os que se lhe opõem.

A espiral do silêncio é uma abordagem teórica mais ambiciosa e abrangente, que tenta também explicar como é que a opinião pública pode afetar a vida e o comportamento das pessoas, assegurar a coesão social e influenciar os processos de decisão dentro de uma sociedade.

A opinião pública é aqui equiparada à sentença de um tribunal, a que ninguém fica indiferente, desde o cidadão comum ao mais poderoso dos governantes; é uma forma de coação, no sentido em que ameaça os dissidentes com o ostracismo e a exclusão social.

Essa coação é um dos preços a pagar pelos indivíduos para garantir a coesão e a estabilidade da sociedade em que vivem. Numa palavra, a opinião pública é uma forma de controlo social.

A autora alemã sempre admitiu abertamente que a espiral do silêncio é tributária e subsidiária de outros autores. A sua teoria visava precisamente recuperar e resgatar um conceito de opinião pública que a autora dizia remontar à Antiguidade Clássica.

Elaborar uma genealogia da espiral do silêncio é o primeiro objetivo deste trabalho. Para o efeito, partimos das referências deixadas pela própria autora nos seus textos e recorremos aos conceitos de público, espaço público e opinião pública.

O segundo objetivo é testar empiricamente esta teoria da opinião pública. Teremos em conta as abordagens críticas e os desenvolvimentos metodológicos suscitados pela espiral do silêncio ao longo dos seus mais de 40 anos de vida.

A expressão da opinião sobre as praxes académicas é o tema da nossa investigação empírica. Tendo por base uma amostra de 701 estudantes da Universidade da Beira Interior e do Instituto Politécnico da Guarda, pretendemos responder a duas questões principais.

Primeira, serão os estudantes condicionados na expressão da sua opinião sobre as praxes académicas? Segunda, existirá uma espiral do silêncio associada às praxes académicas?

Os resultados do nosso estudo empírico apontam para uma resposta afirmativa a estas duas questões.

 

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