As Repúblicas No Brasil

As Repúblicas No Brasil reúne artigos de alunos de pós-graduação em História sobre diferentes ângulos do Brasil republicano, nas suas diversas fases.

São várias as Repúblicas presentes neste livro, a começar pela Primeira, entre 1889 e 1930. Nessa República, Cláudia Maria de Farias, no capítulo “Corpore sano: o semanário A Canoagem e a construção de identidades sociais na belle époque carioca” trabalha com a revista A Canoagem, órgão da Federação Brasileira das Sociedades de Remo. Fundada em 1903, a revista contribuiu para a elaboração da identidade coletiva do grupo, reforçando seus valores e estilos de vida durante o período em que as elites cariocas adotaram projeto de modernização da cidade.

Com Cláudia Miriam Quelhas Paixão, deixamos o mar e subimos o morro no capítulo “Imagens de um morro condenado: o morro do Castelo pelas lentes de Augusto Malta (1912-1922)”. Em nome da modernização, as elites cariocas defenderam o arrasamento do morro do Castelo. Em seu trabalho, Cláudia Paixão analisa a construção da narrativa visual produzida por Augusto Malta no Álbum de fotografias do morro do Castelo.

A Segunda República, entre 1930 e 1945, trata de vários personagens. Igor Silva Gak, no capítulo “Estratégias do consenso: a política cultural exterior alemã para o Brasil no Estado Novo (1938-1942)”, dedica-se aos casos de dois jornalistas que, durante o Estado Novo, empreenderam campanha em favor da imagem da Alemanha nazista.

Berenice Abreu de Castro Neves, em “Na trilha da jangada: pescadores e luta por direitos no Brasil do Estado Novo”, nos fala de quatro jangadeiros que, em busca de seus direitos sociais, viajaram de jangada de Fortaleza ao Rio de Janeiro para reivindicarem suas demandas diretamente com o presidente Vargas.

Mirelle Ferreira Borges, no capítulo “O Brasil cantando a uma só voz: Heitor Villa-Lobos, o músico educador”, explora a trajetória do maestro e seu projeto de educação musical.

Por fim, Michelle Reis de Macedo, em “Trabalhadores sob suspeita: os liberais brasileiros, o movimento queremista e a transição democrática de 1945”, explora o universo conceitual dos liberais brasileiros diante de trabalhadores que exigiam a continuidade de Vargas na presidência da República.

A Terceira República, entre 1946 e 1964, trata do período democrático vivido pela sociedade brasileira. Elio Chaves Flores, em “A história sem heróis: coisa pública e humorismo político (1964-1945)”, trabalha com intelectuais do humor da época, explorando a maneira como eles descreveram a República.

Jayme Fernandes Ribeiro, no capítulo “‘Em busca da paz’: o Partido Comunista do Brasil e a campanha ‘Por Um Pacto de Paz’ (1951-1952)”, recupera o esforço da militância comunista brasileira na luta contra as armas atômicas.

Finalmente, Ricardo Antônio Souza Mendes, com o capítulo “Militares e o debate sobre os rumos da política externa brasileira (1961-1965)”, analisa as propostas de militares sobre qual política externa o governo brasileiro deveria adotar.

A Quarta República trata da ditadura civil-militar instaurada em 1964 e exaurida em 1985. Wagner da Silva Teixeira, em “Tempo de calar: a ditadura militar e a repressão aos movimentos de educação e cultura popular”, analisa a repressão que, logo a seguir ao golpe militar, se abateu sobre os movimentos e as campanhas de educação implementados durante o governo Goulart.

Bruno Marques Silva, em “Fé, razão e conflito: a trajetória intelectual de Leonardo Boff”, trata da teologia da libertação, da trajetória intelectual de Boff e de duas importantes obras de sua autoria.

Por último, Alessandra Ciambarella, no capítulo “‘Anistia ampla, geral e irrestrita’: a campanha pela anistia no Brasil (1977-1979)”, analisa os debates sobre que tipo de anistia deveria ser aplicado no Brasil em fins da ditadura militar.

Ao final do livro, o leitor terá conhecido muito sobre as Repúblicas no Brasil. Mas também perceberá a maneira como atualmente os jovens historiadores estão pesquisando e produzindo conhecimento original sobre a história contemporânea de seu próprio país.

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As Repúblicas No Brasil reúne artigos de alunos de pós-graduação em História sobre diferentes ângulos do Brasil republicano, nas suas diversas fases.

São várias as Repúblicas presentes neste livro, a começar pela Primeira, entre 1889 e 1930. Nessa República, Cláudia Maria de Farias, no capítulo “Corpore sano: o semanário A Canoagem e a construção de identidades sociais na belle époque carioca” trabalha com a revista A Canoagem, órgão da Federação Brasileira das Sociedades de Remo. Fundada em 1903, a revista contribuiu para a elaboração da identidade coletiva do grupo, reforçando seus valores e estilos de vida durante o período em que as elites cariocas adotaram projeto de modernização da cidade.

Com Cláudia Miriam Quelhas Paixão, deixamos o mar e subimos o morro no capítulo “Imagens de um morro condenado: o morro do Castelo pelas lentes de Augusto Malta (1912-1922)”. Em nome da modernização, as elites cariocas defenderam o arrasamento do morro do Castelo. Em seu trabalho, Cláudia Paixão analisa a construção da narrativa visual produzida por Augusto Malta no Álbum de fotografias do morro do Castelo.

A Segunda República, entre 1930 e 1945, trata de vários personagens. Igor Silva Gak, no capítulo “Estratégias do consenso: a política cultural exterior alemã para o Brasil no Estado Novo (1938-1942)”, dedica-se aos casos de dois jornalistas que, durante o Estado Novo, empreenderam campanha em favor da imagem da Alemanha nazista.

Berenice Abreu de Castro Neves, em “Na trilha da jangada: pescadores e luta por direitos no Brasil do Estado Novo”, nos fala de quatro jangadeiros que, em busca de seus direitos sociais, viajaram de jangada de Fortaleza ao Rio de Janeiro para reivindicarem suas demandas diretamente com o presidente Vargas.

Mirelle Ferreira Borges, no capítulo “O Brasil cantando a uma só voz: Heitor Villa-Lobos, o músico educador”, explora a trajetória do maestro e seu projeto de educação musical.

Por fim, Michelle Reis de Macedo, em “Trabalhadores sob suspeita: os liberais brasileiros, o movimento queremista e a transição democrática de 1945”, explora o universo conceitual dos liberais brasileiros diante de trabalhadores que exigiam a continuidade de Vargas na presidência da República.

A Terceira República, entre 1946 e 1964, trata do período democrático vivido pela sociedade brasileira. Elio Chaves Flores, em “A história sem heróis: coisa pública e humorismo político (1964-1945)”, trabalha com intelectuais do humor da época, explorando a maneira como eles descreveram a República.

Jayme Fernandes Ribeiro, no capítulo “‘Em busca da paz’: o Partido Comunista do Brasil e a campanha ‘Por Um Pacto de Paz’ (1951-1952)”, recupera o esforço da militância comunista brasileira na luta contra as armas atômicas.

Finalmente, Ricardo Antônio Souza Mendes, com o capítulo “Militares e o debate sobre os rumos da política externa brasileira (1961-1965)”, analisa as propostas de militares sobre qual política externa o governo brasileiro deveria adotar.

A Quarta República trata da ditadura civil-militar instaurada em 1964 e exaurida em 1985. Wagner da Silva Teixeira, em “Tempo de calar: a ditadura militar e a repressão aos movimentos de educação e cultura popular”, analisa a repressão que, logo a seguir ao golpe militar, se abateu sobre os movimentos e as campanhas de educação implementados durante o governo Goulart.

Bruno Marques Silva, em “Fé, razão e conflito: a trajetória intelectual de Leonardo Boff”, trata da teologia da libertação, da trajetória intelectual de Boff e de duas importantes obras de sua autoria.

Por último, Alessandra Ciambarella, no capítulo “‘Anistia ampla, geral e irrestrita’: a campanha pela anistia no Brasil (1977-1979)”, analisa os debates sobre que tipo de anistia deveria ser aplicado no Brasil em fins da ditadura militar.

Ao final do livro, o leitor terá conhecido muito sobre as Repúblicas no Brasil. Mas também perceberá a maneira como atualmente os jovens historiadores estão pesquisando e produzindo conhecimento original sobre a história contemporânea de seu próprio país.

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