Embora existam em todo o mundo centenas de publicações online do período pré-World Wide Web, foi o desenvolvimento deste novo meio que transformou para sempre o jornalismo. Entre as muitas alterações registradas destaca-se o aparecimento das versões web dos meios tradicionais, mas também o nascimento de publicações nativas. É neste campo que se inscreve a obra que agora apresentamos.
Em Webjornalismo: 7 caraterísticas que marcam a diferença estuda-se cada uma das particularidades que distinguem o jornalismo que se faz na Web dos que se fazem noutros meios.
Com essa finalidade foram convidados sete autores de sete países, tendo-lhes sido pedido um capítulo sobre cada uma das sete características. Alguns trabalhos são versões atualizadas de publicações anteriores.
No capítulo 1, o português João Canavilhas aborda a hipertextualidade, apresentando a evolução do conceito e um conjunto de arquiteturas para a notícia na Web. Na sequência dos seus trabalhos anteriores, propõe ainda uma gramática multimédia adaptada a um meio com as características da Web.
No capítulo 2, o espanhol Ramón Salaverría fala de multimedialidade, começando por definir e integrar o conceito nas suas várias facetas. Posteriormente, o autor analisa cada um dos elementos que compõem a narrativa multimédia e as formas como podem ser combinados.
No capítulo 3, o argentino Alejandro Rost discorre sobre a interatividade, começando também por definir o conceito e apresentar os diferentes tipos de interatividade existentes. A noção de utilizador na sua ligação com as formas de interação estão igualmente no centro das atenções do autor, que identifica ainda as novas tendências no estudo da interatividade.
No capítulo 4, o brasileiro Marcos Palacios analisa a memória como ferramenta narrativa. O autor destaca o papel da memória digital no jornalismo, e seu impacto nas rotinas de produção, nos modelos de negócio, no relacionamento dos media com os leitores e, claro, na produção de formas narrativas diferenciadas.
No capítulo 5, o inglês Paul Bradshaw fala da instantaneidade e do seu umbilical vínculo ao jornalismo. O autor aborda o conceito na sua ligação ao consumo, à produção e à distribuição de notícias. É sobretudo na instantaneidade da distribuição que o autor foca o seu trabalho, destacando, que o segredo da publicação online está no equilíbrio entre a velocidade e a profundidade.
No capítulo 6, o alemão Mirko Lorenz aborda a personalização, destacando a importância dos nichos para a informação na Web. O autor identifica seis graus de personalização, que vão da adaptação do conteúdo a diferentes plataformas, até ao grau mais complexo, o das aplicações móveis que combinam as várias formas de personalização, recorrendo a informações disponíveis em bases de dados.
Por fim, no capítulo 7, o norte-americano John V. Pavlik analisa a ubiquidade, começando também por definir o conceito. De seguida, analisa o jornalismo na era da aldeia global, abordando a emergência do jornalismo cidadão, dos conteúdos geolocalizados e imersivos, e do jornalismo de dados. O autor chama ainda a atenção para algumas consequências nefastas da ubiquidade, como a perda de privacidade e as eventuais restrições ao discurso digital livre e aberto, situação que pode colocar em perigo o funcionamento das democracias.
Webjornalismo: 7 Características Que Marcam A Diferença
- Comunicação, Internet
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