Mundo-Da-Vida (Lebenswelt) E Concretude Existencial

Tratar do mundo-da-vida (Lebenswelt) e da concretude existencial é, de algum modo, continuar o caminho traçado pelo Pai da Fenomenologia, Edmund Husserl (1859-1938) e de todos aqueles que se permitiram ser influenciados com suas ideias.

Husserl era apaixonado pela vida, pela (des) coberta e pela verdade da maneira como ela se apresentava, não duvidava, nem tampouco elaborava hipóteses, apenas se permitia ver diretamente as coisas. E, a partir disso, refletia exaustivamente, sem racionalismo, mas com um realismo fenomenológico rigoroso.
O mundo-da-vida (Lebenswelt) é o lugar de pura manifestação dos fenômenos que emergem a consciência, nós somos no mundo com os outros. Numa psicologia de base fenomenológico-existencial, existencial-humanista ou apenas fenomenológica partimos sempre do mundo da vida, ou melhor, do sentido que atribui a ele e da relação que o homem tem com o mundo. Não há como separar o mundo da consciência, tentativa feita pelas psicologias de base científica- natural ou explicativa, como bem defendeu Wilhelm Dilthey (1831-1911) e o próprio Edmund Husserl (1859-1938).
Dilthey recomendou que a psicologia prosseguisse sua marcha no rumo analítico e não constitutivo, evitando assim derivação de processos elementares tais como os desenvolvidos pelas ciências da natureza. Por isso, as reflexões aqui descritas são um retorno e uma análise reflexiva da experiência que obtive na área contábil-financeira como consultor, tesoureiro, conselheiro fiscal, gerente de empresa, contador e professor universitário que, só foram possíveis, após entrar em contato com a Psicologia Fenomenológica. As vivências foram recordadas e oportunizaram perceber a relação que o homem tem com o patrimônio e a gestão das suas finanças pessoais, assim como os conflitos oriundos desta situação ou por ela atravessados.
Na minha trajetória, bem cedo percebi que a Ciência Contábil carrega em si uma racionalidade instrumental que em geral serve aos interesses do capitalismo e, ainda, que esta ciência não se “interessa” por qualquer discussão que coloque em xeque seus fundamentos, apesar de existir alguns críticos dela mesma, mas em pequena quantidade. Em tese, os princípios contábeis são regras universais que tentam cientificamente controlar o comportamento tanto dos contadores, quanto de seus clientes, tendo um caráter normalizador das relações das quais ela trata.

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Tratar do mundo-da-vida (Lebenswelt) e da concretude existencial é, de algum modo, continuar o caminho traçado pelo Pai da Fenomenologia, Edmund Husserl (1859-1938) e de todos aqueles que se permitiram ser influenciados com suas ideias. Husserl era apaixonado pela vida, pela (des) coberta e pela verdade da maneira como ela se apresentava, não duvidava, nem tampouco elaborava hipóteses, apenas se permitia ver diretamente as coisas. E, a partir disso, refletia exaustivamente, sem racionalismo, mas com um realismo fenomenológico rigoroso.
O mundo-da-vida (Lebenswelt) é o lugar de pura manifestação dos fenômenos que emergem a consciência, nós somos no mundo com os outros. Numa psicologia de base fenomenológico-existencial, existencial-humanista ou apenas fenomenológica partimos sempre do mundo da vida, ou melhor, do sentido que atribui a ele e da relação que o homem tem com o mundo. Não há como separar o mundo da consciência, tentativa feita pelas psicologias de base científica- natural ou explicativa, como bem defendeu Wilhelm Dilthey (1831-1911) e o próprio Edmund Husserl (1859-1938).
Dilthey recomendou que a psicologia prosseguisse sua marcha no rumo analítico e não constitutivo, evitando assim derivação de processos elementares tais como os desenvolvidos pelas ciências da natureza. Por isso, as reflexões aqui descritas são um retorno e uma análise reflexiva da experiência que obtive na área contábil-financeira como consultor, tesoureiro, conselheiro fiscal, gerente de empresa, contador e professor universitário que, só foram possíveis, após entrar em contato com a Psicologia Fenomenológica. As vivências foram recordadas e oportunizaram perceber a relação que o homem tem com o patrimônio e a gestão das suas finanças pessoais, assim como os conflitos oriundos desta situação ou por ela atravessados.
Na minha trajetória, bem cedo percebi que a Ciência Contábil carrega em si uma racionalidade instrumental que em geral serve aos interesses do capitalismo e, ainda, que esta ciência não se “interessa” por qualquer discussão que coloque em xeque seus fundamentos, apesar de existir alguns críticos dela mesma, mas em pequena quantidade. Em tese, os princípios contábeis são regras universais que tentam cientificamente controlar o comportamento tanto dos contadores, quanto de seus clientes, tendo um caráter normalizador das relações das quais ela trata.

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