O Seminário Internacional Análise De Telejornalismo: Desafios Teórico-Metodológicos foi realizado entre os dias 23 e 26 de agosto de 2011 pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia, através do Grupo de Pesquisa em Análise de Telejornalismo (GPAT).
O objetivo do evento foi comemorar o aniversário de dez anos do GPAT através da interlocução entre pesquisadores das áreas de televisão e jornalismo do país e do exterior, com ênfase na pluralidade dos aspectos conceituais e procedimentos metodológicos que permitam o avanço do campo da comunicação, em especial, a pesquisa sobre o telejornalismo.
O evento foi constituído por atividades tais como painéis temáticos, com participação de conferencistas nacionais e estrangeiros convidados, grupos de trabalho com chamada aberta à comunidade científica e lançamento de livros. Este livro reúne os artigos apresentados pelos conferencistas convidados e reproduz, em boa medida, sua estrutura de organização.
Na primeira seção, Análise Cultural de Telejornalismo, discute-se especialmente o papel dos estudos culturais para a análise das transformações efetuadas no telejornalismo em função da relação com a cultura.
Na segunda seção do livro, Telejornalismo e História: temporalidades, cultura e sociedade os autores investigam o lugar que a história ocupa nas pesquisas de telejornalismo e como os valores e características do telejornalismo resultam de um processo histórico.
Na terceira seção do livro Linguagem e Telejornalismo, os autores avaliam diversas facetas dos processos de produção de sentido do telejornalismo, tanto da perspectiva das contribuições da semiótica quanto da análise do discurso.
Na quarta e última seção do livro, a relação entre Jornalismo, sociedade e subjetividades marcou a preocupação dos autores. Considerando que a tese do auto-centramento da televisão, desenvolvida por alguns autores, se traduz, no que toca ao telejornalismo, em concepções que reduzem os acontecimentos do mundo a acontecimentos produzidos pelo discurso televisivo e que tratam este discurso como um discurso sem referente, ou autorreferencial.