Italo Calvino – Por Que Ler Os Clássicos
Coletânea de artigos sobre mais de trinta expoentes da melhor tradição ocidental: Voltaire, Balzac, Stendhal, Flaubert, Dickens, Tolstói, Borges, Montale, Homero, Ovídio…
O que é um clássico? E por que lê-lo? Este livro fornece várias respostas a essas perguntas, algumas consensuais, outras polêmicas, mas todas certamente enriquecedoras.
Em verdadeiro trabalho amoroso de ourivesaria, Calvino desentranha as diversas facetas do que seja um clássico, para depois iluminar com uma leitura penetrante seus próprios clássicos, ou seja, alguns dos autores mais importantes da tradição literária e intelectual do Ocidente.
Por que ler os clássicos? A razão definitiva que Calvino dá a essa pergunta é tão simples como as grandes verdades: a única justificativa que se pode apresentar é que ler os clássicos é melhor do que não os ler…
Numa carta de 27 de novembro de 1961, Italo Calvino escreveu a Niccolò Gallo: “Para reunir ensaios esparsos e não orgânicos como os meus é preciso aguardar a própria morte ou pelo menos a velhice avançada”.
Mesmo assim, Calvino iniciou esse trabalho em 1980 com Una pietra sopra e, em 1984, publicou Collezione di sabbia. Depois, autorizou a coletânea no exterior, nas versões inglesa, americana, francesa de Una pietra sopra — que não são idênticas ao original —, dos ensaios sobre Homero, Plínio, Ariosto, Balzac, Stendhal, Montale e do ensaio que dá título a este livro.
Além disso, modificou — e num caso, Ovídio, agregou uma página que deixou manuscrita — alguns dos títulos destinados a uma publicação italiana ulterior.
Neste volume, encontra-se grande parte dos ensaios e artigos de Calvino sobre “seus” clássicos: os escritores, os poetas, os cientistas que mais contaram para ele em diversos períodos de sua vida. No que concerne aos autores deste século, dei preferência aos ensaios sobre os escritores e poetas pelos quais Calvino nutria uma admiração particular.
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