Filosofia, Ideologia E Ciência Social

Filosofia, Ideologia E Ciência Social traz ensaios que são voltados para temas e problemáticas distintas como filosofia, análise literária e ciências sociais, explorados de maneira rica e complexa, a partir de seus contextos históricos e de uma perspectiva crítica.
A preocupação fundamental de Mészáros nesta obra é o esclarecimento do poder da ideologia e de seu papel no processo dos ajustes estruturais. Segundo o autor, as condições de dominação estão estreitamente ligadas à intervenção de poderosos fatores de ordem ideológica. Esta questão perpassa o livro, atuando como elo entre os textos que tratam de assuntos diversos.


A partir da análise de autores como Weber, Parsons, Keynes, Kant e Hegel, Mészáros procura identificar as configurações ideológicas presentes nas diferentes expressões de conscientização do conflito social. Trata-se de um esforço de investigação das características essenciais das várias formas de ideologia – religião, política e arte – rejeitando assim um suposto confronto positivista entre ciência e ideologia.
O que nos interessa diretamente é o papel específico da ideologia nesse processo de ajustamentos estruturais, pois a reprodução bem-sucedida das condições de dominação não pode ocorrer sem a intervenção ativa de fatores ideológicos poderosos, do lado da manutenção da ordem vigente.
É claro que a ideologia dominante tem interesse patente na preservação do status quo, no qual mesmo as desigualdades mais clamorosas estão "estruturalmente" entrincheiradas e protegidas. Portanto, ela pode se permitir ser "consensual", "orgânicà', "participativa" e assim por diante, reivindicando, desse modo, também a racionalidade auro-evidente da "moderação", "objetividade" e neutralidade ideológicas (dominantes).
Deve-se enfatizar que o poder da ideologia dominante é indubitavelmente enorme, não só pelo esmagador poder material e por um equivalente arsenal político-cultural à disposição das classes dominantes, mas também porque esse poder ideológico só pode prevalecer graças à preponderância da mistificação, por meio da qual os receptores potenciais podem ser induzidos a endossar, "consensualmente", valores e diretrizes práticas que são, na realidade, totalmente adversos a seus interesses vitais.

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A partir da análise de autores como Weber, Parsons, Keynes, Kant e Hegel, Mészáros procura identificar as configurações ideológicas presentes nas diferentes expressões de conscientização do conflito social. Trata-se de um esforço de investigação das características essenciais das várias formas de ideologia – religião, política e arte – rejeitando assim um suposto confronto positivista entre ciência e ideologia.
O que nos interessa diretamente é o papel específico da ideologia nesse processo de ajustamentos estruturais, pois a reprodução bem-sucedida das condições de dominação não pode ocorrer sem a intervenção ativa de fatores ideológicos poderosos, do lado da manutenção da ordem vigente.
É claro que a ideologia dominante tem interesse patente na preservação do status quo, no qual mesmo as desigualdades mais clamorosas estão “estruturalmente” entrincheiradas e protegidas. Portanto, ela pode se permitir ser “consensual”, “orgânicà’, “participativa” e assim por diante, reivindicando, desse modo, também a racionalidade auro-evidente da “moderação”, “objetividade” e neutralidade ideológicas (dominantes).
Deve-se enfatizar que o poder da ideologia dominante é indubitavelmente enorme, não só pelo esmagador poder material e por um equivalente arsenal político-cultural à disposição das classes dominantes, mas também porque esse poder ideológico só pode prevalecer graças à preponderância da mistificação, por meio da qual os receptores potenciais podem ser induzidos a endossar, “consensualmente”, valores e diretrizes práticas que são, na realidade, totalmente adversos a seus interesses vitais.

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