Pesquisa Em Media E Jornalismo

Português filho de imigrantes nos Estados Unidos, Nelson Traquina viveu os anos da Revolução de Abril em Portugal, como jornalista e correspondente de agências internacionais (United Press International e Daily Telegraph).

A sua formação nos Estados Unidos (Universidade de Denver) e a passagem pela universidade francesa, Universidade de Paris I, onde obteve o Diploma d’Études Superieures Specialisées (D.E.E.S.) em Comunicação Política e Social, permitiram-lhe adquirir uma visão ampla desta área de estudos em expansão. No início da década de oitenta, foi convidado para professor da Universidade Nova de Lisboa e a partir desse momento contribui de forma determinante para o desenvolvimento dos Estudos sobre os Media e o Jornalismo em Portugal. Lecionando no então Departamento de Comunicação Social, hoje departamento de Ciências da Comunicação, empreendeu a formação de uma geração que hoje ocupa posições destacadas na investigação, nos cursos de Ciências da Comunicação e Jornalismo e enquanto profissionais, tanto em Portugal como no Brasil.
Tendo como prática pedagógica trabalhar com os alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento, concretizou um programa de credibilizaçào dos estudos teóricos e de desenvolvimento de pesquisas empíricas sobre os Media e o Jornalismo. Neste contexto, publicou a antologia “Jornalismo: questões, teorias e histórias”, pela editora Vega em 1993, onde foram apresentados e traduzidos autores como Gaye Tuchman, David Manning White, Warren Breed, Philip Schlesinger, Michael Gurevitch, Jay Blumler ou ainda Michael Schudson e Hallin e Mancini, entre outros. Estes textos clássicos e fundadores dos estudos sobre os Media e o Jornalismo eram, nessa altura, de difícil acesso à maioria dos alunos portugueses e constituíram, para uma geração de professores, investigadores e profissionais, as bases de reflexão sobre um campo de estudos em construção e para áreas profissionais em acelerada transformação.
A divulgação destes artigos e as pistas que trouxeram abriram, no início dos anos noventa, uma reflexão, em Portugal, sobre a notícia, as práticas jornalísticas nas redações, o papel das fontes, o poder do jornalismo na democracia, nomeadamente sobre as questões de agenda-setting.
No panorama mediático em recomposição dos anos noventa, as leituras propostas pelo livro “Jornalismo: questões, teorias e histórias”, abriram, também, horizontes para a realização de estudos sobre as consequências e impactos da concorrência e da desregulação do mercado dos media na informação e na comunicação política, principalmente na cobertura de actos eleitorais.

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Tendo como prática pedagógica trabalhar com os alunos de licenciatura, mestrado e doutoramento, concretizou um programa de credibilizaçào dos estudos teóricos e de desenvolvimento de pesquisas empíricas sobre os Media e o Jornalismo. Neste contexto, publicou a antologia “Jornalismo: questões, teorias e histórias”, pela editora Vega em 1993, onde foram apresentados e traduzidos autores como Gaye Tuchman, David Manning White, Warren Breed, Philip Schlesinger, Michael Gurevitch, Jay Blumler ou ainda Michael Schudson e Hallin e Mancini, entre outros. Estes textos clássicos e fundadores dos estudos sobre os Media e o Jornalismo eram, nessa altura, de difícil acesso à maioria dos alunos portugueses e constituíram, para uma geração de professores, investigadores e profissionais, as bases de reflexão sobre um campo de estudos em construção e para áreas profissionais em acelerada transformação.
A divulgação destes artigos e as pistas que trouxeram abriram, no início dos anos noventa, uma reflexão, em Portugal, sobre a notícia, as práticas jornalísticas nas redações, o papel das fontes, o poder do jornalismo na democracia, nomeadamente sobre as questões de agenda-setting.
No panorama mediático em recomposição dos anos noventa, as leituras propostas pelo livro “Jornalismo: questões, teorias e histórias”, abriram, também, horizontes para a realização de estudos sobre as consequências e impactos da concorrência e da desregulação do mercado dos media na informação e na comunicação política, principalmente na cobertura de actos eleitorais.

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