Imprensa Operária Em Sergipe (1891-1930)

A produção de jornais em Sergipe, iniciada no século XIX, foi relativamente significativa, inclusive de órgãos chamados de alternativos. Entretanto, os considerados operários foram poucos.

O primeiro de que temos notícias, com a denominação de O Operário, apareceu em 1891, apesar de diversas experiências já virem acontecendo em várias províncias nos tempos do Império.
Com o advento da República, as iniciativas proliferaram, difundindo-se em quase todos os Estados. No Norte e Nordeste, foram lembrados os títulos: O Operário (1892) no Amazonas, O Trabalho (1901-1907) no Pará, Jornal dos Artistas (1908) no Maranhão, O Artista (1891) no Ceará, O Artista (1893-1894) na Paraíba, O Artista (1902) no Piauí.
Em Pernambuco, além dos exemplos no Império, circularam A Gazeta do Operário (1890), O Socialista (1898), entre outros. Na Bahia, Voz do Operário (1894). Em Maceió, além de já desfrutar da experiência de 1870, com uma associação de Socorros Mútuos que editava O Século XIX, publicou-se em 1902 O Proletário. Era um tempo em que os artesãos predominavam e, dentro dessa categoria, os tipógrafos, muitos dos quais de tendência anarquista.
Lembremo-nos de que o anarquismo, como doutrina política, considerava a liberdade como fundamento básico e absoluto, orientador da ação, da produção intelectual e de toda forma de convivência humana. Os adeptos daquela doutrina criticavam a representação, postulavam a ação direta e espontânea, pregavam o fim do Estado e de todas as instituições coercitivas. Entre as tendências do anarquismo, cresceu a do anarco-sindicalismo, que recomendava a criação de União Livre de Sindicatos, a greve como meio
para suas reivindicações de melhoria salarial, das condições de trabalho e da mudança na sociedade. Na organização social e na produção, Proudhon (1809-1865), um dos principais teóricos da França, propunha as “instituições do mutualismo: seguros mútuos, crédito mútuo, socorros mútuos, garantias recíprocas de escoamento, troca de trabalho,
boa qualidade e justo preço de mercadorias etc.” Essas ideias tiveram influência no Brasil, inclusive em Sergipe.

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A produção de jornais em Sergipe, iniciada no século XIX, foi relativamente significativa, inclusive de órgãos chamados de alternativos. Entretanto, os considerados operários foram poucos. O primeiro de que temos notícias, com a denominação de O Operário, apareceu em 1891, apesar de diversas experiências já virem acontecendo em várias províncias nos tempos do Império.
Com o advento da República, as iniciativas proliferaram, difundindo-se em quase todos os Estados. No Norte e Nordeste, foram lembrados os títulos: O Operário (1892) no Amazonas, O Trabalho (1901-1907) no Pará, Jornal dos Artistas (1908) no Maranhão, O Artista (1891) no Ceará, O Artista (1893-1894) na Paraíba, O Artista (1902) no Piauí.
Em Pernambuco, além dos exemplos no Império, circularam A Gazeta do Operário (1890), O Socialista (1898), entre outros. Na Bahia, Voz do Operário (1894). Em Maceió, além de já desfrutar da experiência de 1870, com uma associação de Socorros Mútuos que editava O Século XIX, publicou-se em 1902 O Proletário. Era um tempo em que os artesãos predominavam e, dentro dessa categoria, os tipógrafos, muitos dos quais de tendência anarquista.
Lembremo-nos de que o anarquismo, como doutrina política, considerava a liberdade como fundamento básico e absoluto, orientador da ação, da produção intelectual e de toda forma de convivência humana. Os adeptos daquela doutrina criticavam a representação, postulavam a ação direta e espontânea, pregavam o fim do Estado e de todas as instituições coercitivas. Entre as tendências do anarquismo, cresceu a do anarco-sindicalismo, que recomendava a criação de União Livre de Sindicatos, a greve como meio
para suas reivindicações de melhoria salarial, das condições de trabalho e da mudança na sociedade. Na organização social e na produção, Proudhon (1809-1865), um dos principais teóricos da França, propunha as “instituições do mutualismo: seguros mútuos, crédito mútuo, socorros mútuos, garantias recíprocas de escoamento, troca de trabalho,
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