A Independência Do Brasil

A Independência Do Brasil - Grito do Ipiranga, data nacional, heróis. Marcas da Independência, mito de origem do Brasil. Neste livro, sem tentar negar ou desprezar essas e outras representações, a autora recupera os riscos e as apostas políticas, as experiências cotidianas e a construção de uma soberania nacional.
O tema da Independência molda o mito de origem do Brasil. Evoca heróis nacionais ao reverenciar a habilidade política de José Bonifácio e exaltar o caráter varonil de D. Pedro. Rememora incessantemente o fato histórico que causa, inaugura e irradia a nacionalidade: o Grito do Ipiranga.


O 7 de Setembro é comemorado com parada militar, desfile escolar, visitas ao Museu do Ipiranga, viagem e piquenique familiar, encenações teatrais, reprises de filmes como Independência ou morte, de Carlos Coimbra, ou Carlota Joaquina, de Carla Camurati. De vários modos, este tema permeia o cotidiano, sem perder sua aura mítica. Pelo contrário, ao entranhar-se no cotidiano, adensa sua dimensão mítica, revolvendo-a e expandindo-a.
A representação mais consagrada e difundida da Independência surge no quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo. Apresentado pela primeira vez em 1888, ele se transformou na versão oficial do gesto que funda o país. D. Pedro, de espada em punho, proclama a Independência, dando o grito que reverbera em todo o império. De acordo com este quadro, o brasileiro passa ao largo da ação, pois negligentemente contorna a colina do Ipiranga com seu carro de boi, sem perceber a magnitude do evento.
Essa versão oficial e militarizada da Independência mais que atendeu aos interesses da jovem República de 1889: ela combina com a imagem oficial de Deodoro brandindo um chapéu do alto de um cavalo branco e declarando o fim da monarquia e o início da República. Ambas as representações nos mostram que a mudança histórica se dá através de heróis e fatos grandiosos.
Para essa imagem convergem ainda as anedotas sobre a família real brasileira: o comilão D. João, tão desinteressado dos assuntos de Estado; a fogosa Carlota Joaquina; o irresponsável e namorador Pedro I; o envelhecido e fragilizado Pedro II. Estas caracterizações ridicularizam o governante e, paralelamente, transmitem uma idéia de povo tolo, instaurando uma espécie de coerência medíocre entre o povo e o mandatário político.

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– Grito do Ipiranga, data nacional, heróis. Marcas da Independência, mito de origem do Brasil. Neste livro, sem tentar negar ou desprezar essas e outras representações, a autora recupera os riscos e as apostas políticas, as experiências cotidianas e a construção de uma soberania nacional.
O tema da Independência molda o mito de origem do Brasil. Evoca heróis nacionais ao reverenciar a habilidade política de José Bonifácio e exaltar o caráter varonil de D. Pedro. Rememora incessantemente o fato histórico que causa, inaugura e irradia a nacionalidade: o Grito do Ipiranga.
O 7 de Setembro é comemorado com parada militar, desfile escolar, visitas ao Museu do Ipiranga, viagem e piquenique familiar, encenações teatrais, reprises de filmes como Independência ou morte, de Carlos Coimbra, ou Carlota Joaquina, de Carla Camurati. De vários modos, este tema permeia o cotidiano, sem perder sua aura mítica. Pelo contrário, ao entranhar-se no cotidiano, adensa sua dimensão mítica, revolvendo-a e expandindo-a.
A representação mais consagrada e difundida da Independência surge no quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo. Apresentado pela primeira vez em 1888, ele se transformou na versão oficial do gesto que funda o país. D. Pedro, de espada em punho, proclama a Independência, dando o grito que reverbera em todo o império. De acordo com este quadro, o brasileiro passa ao largo da ação, pois negligentemente contorna a colina do Ipiranga com seu carro de boi, sem perceber a magnitude do evento.
Essa versão oficial e militarizada da Independência mais que atendeu aos interesses da jovem República de 1889: ela combina com a imagem oficial de Deodoro brandindo um chapéu do alto de um cavalo branco e declarando o fim da monarquia e o início da República. Ambas as representações nos mostram que a mudança histórica se dá através de heróis e fatos grandiosos.
Para essa imagem convergem ainda as anedotas sobre a família real brasileira: o comilão D. João, tão desinteressado dos assuntos de Estado; a fogosa Carlota Joaquina; o irresponsável e namorador Pedro I; o envelhecido e fragilizado Pedro II. Estas caracterizações ridicularizam o governante e, paralelamente, transmitem uma idéia de povo tolo, instaurando uma espécie de coerência medíocre entre o povo e o mandatário político.

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