Ensino, Diversidades E Práticas Educativas

Humberto Perinelli Neto (Org.) - Ensino, Diversidades E Práticas Educativas: Pistas, Experiências E Possibilidades

Há certo tempo, questões como “O que ensinar” e “Como ensinar” estão presentes nos discursos envolvendo a Educação Básica registrada no Brasil.

Elas traduzem, de maneira geral e com alto grau de expectativa, preocupações em associar o ensino à valorização do conteúdo e à significância das metodologias.

Sem abrir mão dessas preocupações, os textos que compõem essa coletânea apresentam respostas a outras duas dúvidas: “Para quem ensinar?” e “Por que ensinar?”.

Nesse sentido, o emprego do plural “respostas” é proposital. Ao folhear os capítulos dessa coletânea, depara-se com grupos variados: comunidade LGBT, negros, população do campo, crianças e jovens com necessidades especiais, trabalhadores, ganham vida e são alvos de atenção, por parte dos autores aqui reunidos.

Esse grupo inclui, até mesmo, propostas voltadas à escuta das vozes de discentes e de docentes, fortalecendo assim a relação entre ensino e dialogia. A escola como é atualmente conhecida possui seu advento na cristalização da sociedade burguesa.

Em termos objetivos: foi pensada como uma realidade física dotada de características próprias, cujo funcionamento se baseia em medidas próprias de tempo e em procedimentos definidores de certos papéis a serem cumpridos pelos que a constitui.

Esse particularismo foi oportuno em atribuir à escola uma imagem de instituição concebida sob o signo da neutralidade e da positividade. No entanto, havia propósitos em torno do estabelecimento desse modelo de escola. A constituição crescente de comunidades citadinas exigia “urbanidade e cordialidade”.

Os estados republicanos em substituição aos monárquicos impeliam a constituição de novas identidades nacionais. A consolidação do capitalismo requeria preparo para atender os interesses do mercado. Todas essas demandas pesaram em prol da adoção de projeto escolar responsável por enquadrar a sociedade.

Para quem está trabalhando na docência, ou observa o campo educacional com interesse, o livro traz o que pensar. E pensar é o que mais se necessita nesse momento e neste Brasil, para enfrentar o autoritarismo das soluções prontas, do discurso único e das medidas de ajuste.

 

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Humberto Perinelli Neto (Org.) – Ensino, Diversidades E Práticas Educativas: Pistas, Experiências E Possibilidades

Há certo tempo, questões como “O que ensinar” e “Como ensinar” estão presentes nos discursos envolvendo a Educação Básica registrada no Brasil.

Elas traduzem, de maneira geral e com alto grau de expectativa, preocupações em associar o ensino à valorização do conteúdo e à significância das metodologias.

Sem abrir mão dessas preocupações, os textos que compõem essa coletânea apresentam respostas a outras duas dúvidas: “Para quem ensinar?” e “Por que ensinar?”.

Nesse sentido, o emprego do plural “respostas” é proposital. Ao folhear os capítulos dessa coletânea, depara-se com grupos variados: comunidade LGBT, negros, população do campo, crianças e jovens com necessidades especiais, trabalhadores, ganham vida e são alvos de atenção, por parte dos autores aqui reunidos.

Esse grupo inclui, até mesmo, propostas voltadas à escuta das vozes de discentes e de docentes, fortalecendo assim a relação entre ensino e dialogia. A escola como é atualmente conhecida possui seu advento na cristalização da sociedade burguesa.

Em termos objetivos: foi pensada como uma realidade física dotada de características próprias, cujo funcionamento se baseia em medidas próprias de tempo e em procedimentos definidores de certos papéis a serem cumpridos pelos que a constitui.

Esse particularismo foi oportuno em atribuir à escola uma imagem de instituição concebida sob o signo da neutralidade e da positividade. No entanto, havia propósitos em torno do estabelecimento desse modelo de escola. A constituição crescente de comunidades citadinas exigia “urbanidade e cordialidade”.

Os estados republicanos em substituição aos monárquicos impeliam a constituição de novas identidades nacionais. A consolidação do capitalismo requeria preparo para atender os interesses do mercado. Todas essas demandas pesaram em prol da adoção de projeto escolar responsável por enquadrar a sociedade.

Para quem está trabalhando na docência, ou observa o campo educacional com interesse, o livro traz o que pensar. E pensar é o que mais se necessita nesse momento e neste Brasil, para enfrentar o autoritarismo das soluções prontas, do discurso único e das medidas de ajuste.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-eu-passarinho-borda-alca-colorida/

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