Bartleby, O Escriturário

Herman Melville (1819—1891) celebrizou-se por seu romance Moby Dick, de 1851. Mas a narrativa de Bartleby, o escriturário é que resume a filosofia por trás de toda a obra do autor. A desconcertante resposta “— Prefiro não fazer...”

, proferida por Bartleby todas as vezes que lhe pedem uma tarefa, perturba não apenas seu chefe, mas especialmente ao leitor.
Eleito por Jorge Luis Borges como uma das obras literárias mais importantes da humanidade, Bartleby, o escriturário é considerado por muitos como precursor do existencialismo do século XX.
Publicado anonimamente em 1853, Bartleby, o escriturário: uma história de Wall Street revela o estilo bem-humorado e por vezes sombrio de Herman Melville (1819-1891). Trata-se de uma história surpreendente pela simplicidade e aterradora pelo realismo.
O narrador, um bem-sucedido advogado, contrata Bartleby para trabalhar como auxiliar de escritório. Ele se mostra um prestativo funcionário até que um dia, sem razão alguma, responde a um pedido de seu chefe com um desconcertante "Prefiro não fazer". Esse desacato, essa insubordinação ultrapassa a compreensão humana: é como se rompesse com a organização moral do mundo, desafiando verdades até então universais.
Este texto fundamental do autor de Moby Dick é considerado precursor do Existencialismo e foi saudado por intelectuais como Albert Camus e Jorge Luis Borges, que viam na história uma discussão sobre o livre-arbítrio, o poder e a moral.

Já sou um homem de uma certa idade. A natureza da minha ocupação nos últimos trinta anos permitiu que eu tivesse um contato mais próximo com um grupo de homens que pode parecer interessante e de certa forma singular, e sobre quem, até onde é de meu conhecimento, nada jamais foi escrito: refiro-me aos escriturários ou copistas. Eu conheci muitos deles, em caráter profissional e privado, e, se assim desejasse, poderia relatar histórias diversas, que talvez provocassem sorrisos em cavalheiros de bem e fizessem chorar aqueles mais sentimentais. Mas troco as biografias de todos os outros escriturários por algumas passagens da vida de Bartleby, o escriturário mais estranho que jamais vi ou de que ouvi falar. De outros taquígrafos talvez eu consiga contar a vida toda, mas não se pode fazer nada parecido em relação a Bartleby. Não creio que haja material suficiente para uma biografia completa e satisfatória deste homem. Trata-se de uma perda irreparável para a literatura. Bartleby foi um daqueles seres sobre os quais nada é passível de confirmação, a não ser junto às fontes originais, e, no caso dele, essas são muito poucas. O que vi de Bartleby com meus próprios olhos estarrecidos é tudo o que sei dele, com exceção, na verdade, de um relato vago que é reproduzido ao final.

  

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