Pela crescente aproximação das áreas do conhecimento que têm como matéria-prima comum à informação, um diálogo mais consistente começa a ser produzido (embora ainda rarefeito), seja através da troca informal de pontos de vista, de publicações, de reuniões científicas/acadêmicas, de projetos sociais e de pesquisa, muitas vezes marcados por elementos do processo quase inevitável da globalização.
Assim, modificam-se as condições para o processo, bem como o contexto em que ele se dá, o que suscita também novas cogitações e preocupações a respeito, tanto por parte dos agentes, quanto daqueles que se acham envolvidos com a informação, na qualidade de afetados por ela.
Desde o aparecimento do homem no mundo, a informação sempre existiu e foi trocada, independentemente do conteúdo e do nível; entretanto, a ênfase sobre ela em si pode ser percebida com mais força quando, já no século XX, as tecnologias de informação e comunicação tiveram significativa difusão e alcance, de grandeza relativa comparável à da época da chamada invenção da imprensa, como fator de aceleração do conhecimento/do desenvolvimento em todas as direções.
Tem-se, mesmo hoje, um “construto” (sempre inacabado) da teoria e da prática da informação, com implicações que envolvem aspectos diversificados e resultam em pensamentos e constatações geradores de facetas provocadoras das reflexões, quer individuais, quer coletivas, e que criam o universo fervilhante e intrincado do conhecimento identificado como área da Informação, em suas várias sub-áreas, e aparentemente estanques apenas enquanto estrutura formal ou esquema.
O cabedal de informações acumulado ao longo da existência do homem, com implicações culturais obviamente (não são naturais), implica tanto as questões da memória quanto as do registro e dos suportes onde a informação é registrada, de acordo com as possibilidades permitidas pelo momento histórico e pelo contexto criado pelas circunstâncias nele imbricadas.
Esse cabedal é entendido como um patrimônio da humanidade (ou de um grupo social) e, nessa condição, é uma herança ou um legado vindo dos antecessores e a ser transmitido aos pósteros. Como tal, ele é passível de acréscimos, de perdas e de “apagamentos”, às vezes misteriosos ou mal explicados. Acidentes naturais ou eventos funestos podem ser responsáveis pelas retrações desse patrimônio informacional precioso que, embora não seja sinônimo do conhecimento acumulado, muitas vezes se confunde com ele. Todavia, a mente humana também é responsável por outras tantas racionalizações e informações fortuitas que se somam ao patrimônio informacional previamente existente, dinâmico por excelência.
Ciência Da Informação: Múltiplos Diálogos
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