O Caso Thomas Quick

Permitam-me contar-lhes a história do assassino em série Thomas Quick. Durante um período de quase trinta anos, ele matou pouco mais de trinta pessoas: mulheres e homens adultos, adolescentes e crianças. Na primeira vez, estávamos em 1964.

Ele tinha apenas 14 anos, e sua maneira de agir já deixava transparecer o estilo dos assassinatos que viria a cometer. Crimes sexuais, brutais, em que estuprava, torturava, matava e esquartejava suas vítimas. Bebia do seu sangue e comia pedaços do corpo. Chegava a separar alguns para conservá-los como troféus, a fim de manter vivas suas piores fantasias até a hora de encontrar uma nova vítima. Então, finalmente, ele se desfazia dos pedaços guardados, macerando seus restos, enterrando-os ou apenas lançando-os em algum dique.
Avaliado segundo o sistema criminológico tradicional pela sua brutalidade e pelo número de vítimas, Thomas Quick está longe de ser um assassino em série de características normais. Ascendeu a um lugar proeminente na lista dos assim reconhecidos na história da criminologia de todo o mundo ocidental, e as ações terrivelmente chocantes de que foi considerado culpado são, de fato, historicamente únicas. Existe apenas um problema em relação à descrição que se faz dele, um problema que viria a dominar, nos quinze anos subsequentes, as controvérsias na mídia sueca e o posicionamento do público em geral: nada do que foi dito antes é verdade. Tudo não passa de uma invenção. Thomas Quick nunca assassinou ninguém, nem sequer chegou a se encontrar com nenhuma das suas supostas vítimas. Ele foi produto de uma fantasia, a que deu corpo e rosto, a fantasia da maldade máxima de uma criatura inventada, nos seus aspectos fundamentais, por outros e não por ele próprio.
Hannes Råstam conta-nos aqui a verdadeira história do caso, aquele que retrata a figura de um homem, Sture Bergwall, nascido em 1950, em Korsnäs, perto da cidade de Falun, no extremo norte da Suécia, com fortes deficiências físicas e psíquicas. Considerado um doente mental, ele viveu subjugado pelo alcoolismo, por narcóticos e por medicamentos desde os primeiros anos da adolescência. Råstam relata-nos como tudo aconteceu, desde o momento em que a Justiça sueca, em estreita e profunda colaboração com os assistentes psiquiátricos, transformou um deficiente psíquico, fortemente abalado pela doença e pelos vícios, em um assassino em série, um mitomaníaco, com tendência a narrar aventuras extraordinárias como verdadeiras.
Desde já, convém salientar que Hannes Råstam não somente escreveu um livro sobre aquilo que, de fato, aconteceu, como também foi aquele que trabalhou no sentido de expor a verdade à luz, a fim de silenciar os verdadeiros canalhas que criaram a fraude.

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