Entre A Ditadura E A Democracia

Em Entre A Ditadura E A Democracia, Glauber Biazo aborda os anos da ditadura civil-militar de 1964-1989 e o subsequente período democrático.

De que matéria se constitui a vida de uma instituição? Como entender uma escola de ensino superior tão complexa e composta como a Universidade de São Paulo (USP), e de que maneira se pode perfilhar seu desempenho na trama social, pública, política e acadêmica?

Com estas questões Glauber Cícero Ferreira Biazo buscou entender e explicar o significado de uma entidade que, a um tempo, foi sua e, por ser pública, é de todos. Com o título Entre A Ditadura E A Democracia: História Oral De Vida Acadêmica Da FFLCH-USP, o texto vertido em livro foi apresentado como tese de doutorado em 2014, na própria instituição.

Mais que tudo, o presente texto, trata de uma visita aos interiores de uma instituição que insiste em explicar o mundo, pautada em fundamentos filosóficos. Isto não é pouco, em particular em se tratando de instituto de estudos na área das humanidades.

Desde logo, ao autor se apresentava um dilema delicado, de ordem prática: pode um filho historiar uma experiência da qual ele próprio é resultado? Onde residiriam virtudes em sondar o passado de componentes de uma trajetória de vieses intelectuais quase familiares?

Sabendo-se do zelo dos membros mais velhos, senhores sempre tão ciosos de seus papeis e opiniões, seria possível a um jovem, alguém de outra geração, abrir as comportas da complexa intimidade acadêmica? Como, por que e para quem seriam dirigidas as reflexões?

Munido dessas questões, desdobravam-se desafios que se multiplicavam em plurais progressivos. Vale, pois, reconhecer que sempre presidiu muita valentia nesta aventura, vencida pela vontade de articular explicações que afinal responderiam a perguntas do tempo presente.

Instruído pelos critérios operacionais do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO-USP), o projeto permitiu que se aplicassem técnicas de trabalho com entrevistas.

Validava-se dessa forma o suposto da história viva, ou de uma outra história – pesquisa não apenas filtrada por documentos escritos, cartoriais, consagrados, mas sim composta por coloridas e vertiginosas percepções, derivadas de registros difíceis, vertidos do oral para o escrito.

Os jogos eram muitos e presidiam tensões variadas: geracionais, de revelações de detalhes personalizados e, sobretudo de muita emoção vista pela ótica do tempo e dos resultados.

Para tanto, haveria de se equilibrar o tempo disponível – dos colaboradores e do pesquisador – e a intensidade das afirmativas que afinal eram mais implicadas do que se percebe à primeira vista. E haveria de se exigir longas narrativas, sempre entusiasmadas e afetivas. Isso, diga-se, demandou exaustivas revisões e conferências nem sempre fáceis.

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Com estas questões Glauber Cícero Ferreira Biazo buscou entender e explicar o significado de uma entidade que, a um tempo, foi sua e, por ser pública, é de todos. Com o título Entre A Ditadura E A Democracia: História Oral De Vida Acadêmica Da FFLCH-USP, o texto vertido em livro foi apresentado como tese de doutorado em 2014, na própria instituição.

Mais que tudo, o presente texto, trata de uma visita aos interiores de uma instituição que insiste em explicar o mundo, pautada em fundamentos filosóficos. Isto não é pouco, em particular em se tratando de instituto de estudos na área das humanidades.

Desde logo, ao autor se apresentava um dilema delicado, de ordem prática: pode um filho historiar uma experiência da qual ele próprio é resultado? Onde residiriam virtudes em sondar o passado de componentes de uma trajetória de vieses intelectuais quase familiares?

Sabendo-se do zelo dos membros mais velhos, senhores sempre tão ciosos de seus papeis e opiniões, seria possível a um jovem, alguém de outra geração, abrir as comportas da complexa intimidade acadêmica? Como, por que e para quem seriam dirigidas as reflexões?

Munido dessas questões, desdobravam-se desafios que se multiplicavam em plurais progressivos. Vale, pois, reconhecer que sempre presidiu muita valentia nesta aventura, vencida pela vontade de articular explicações que afinal responderiam a perguntas do tempo presente.

Instruído pelos critérios operacionais do Núcleo de Estudos em História Oral (NEHO-USP), o projeto permitiu que se aplicassem técnicas de trabalho com entrevistas.

Validava-se dessa forma o suposto da história viva, ou de uma outra história – pesquisa não apenas filtrada por documentos escritos, cartoriais, consagrados, mas sim composta por coloridas e vertiginosas percepções, derivadas de registros difíceis, vertidos do oral para o escrito.

Os jogos eram muitos e presidiam tensões variadas: geracionais, de revelações de detalhes personalizados e, sobretudo de muita emoção vista pela ótica do tempo e dos resultados.

Para tanto, haveria de se equilibrar o tempo disponível – dos colaboradores e do pesquisador – e a intensidade das afirmativas que afinal eram mais implicadas do que se percebe à primeira vista. E haveria de se exigir longas narrativas, sempre entusiasmadas e afetivas. Isso, diga-se, demandou exaustivas revisões e conferências nem sempre fáceis.

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