
A drag é o soco na cara de uma cultura machista e hipócrita. Ela eleva o senso crítico de forma ácida. É sarcástica. É engraçada. É provocante, sabe e gosta disso — e como gosta.
Não se prende a padrões impostos. Não se limita em entraves emocionais. Embate e rebate aquilo que incomoda. E faz isso com toda beleza que precisar.
A drag queen é uma personagem, é extravagante, conquista olhares facilmente. Usa roupas chamativas. A maquiagem passa longe da discrição. Os trejeitos são notáveis. Usa a simpatia e irreverência para chegar perto do público. A drag revela os desejos do seu criador, que normalmente fica retraído quando o alterego está em ação.
As drags surgiram pela necessidade de ter uma mulher encenando no palco, e na época que isso ocorreu era mal visto mulheres que atuavam, por isso os homens começaram a utilizar as roupas confeccionadas para mulheres, maquiagens e adereços que fizessem referencias de uma mulher no palco.
O público gostava da performance, e a partir desse momento as drags jamais conseguiriam abandonar o palco. Os artistas eram bem aceitos, as peças lotavam teatros. Mas quando ultrapassaram a porta do teatro surgiram as críticas e a toda a aceitação se perdeu meio a escuridão.
Nos palcos elas eram a sensação. Encantavam. Atraíam. Desmanchavam o público com sua atuação. Depois da ascensão inicial, ser Drag por um estágio de marginalização.
O artista e a personagem começaram a ser alvos das críticas pela orientação sexual e sofrerem preconceito e mais uma vez a sociedade se preocupou mais em julgar em vez de entender, para não perder o costume.
Mas hoje elas retornam com mais força, com mais representantes e mais fãs, facilitando o ingresso na vida artística.
Existem algumas classificações no mundo queen: as drags queen, personagens criadas por homens; as ladys queen, personagens criadas por mulheres, e os drag kings personagens criadas por mulheres que se montam de homens.
