Proust E Os Signos

Em Proust E Os Signos, Deleuze interpreta À La Recherche Du Temps Perdu – obra que revolucionou as leis do romance por sua estrutura fragmentada.

A filosofia de Gilles Deleuze sempre se realizou em estreita relação com a ciência, a arte, a literatura.

Em Proust E Os Signos, esse grande filósofo interpreta À La Recherche Du Temps Perdu – obra que revolucionou as leis do romance por sua estrutura fragmentada, em que as partes, em vez de se unificarem, afirmam sua diferença – como uma busca inconsciente e involuntária da verdade que se opõe à filosofia da identidade e da representação e permite formular conceitualmente os princípios de uma filosofia da diferença e da repetição.

Sem dúvida, trata-se da análise mais conceituada da Recherche, indispensável a todos os aficcionados por literatura.

Proust E Os Signos como se sabe, tem várias etapas de redação. Sua publicação original dá-se em 1964, com o título Marcel Proust e Les Signes [Marcel Proust E Os Signos]. Ou seja, é imediatamente posterior a Nietzsche Et La Philosophie [Nietzsche E A Filosofia] de 1962, e La Philosophie Critique De Kant [A Filosofia Crítica De Kant], de 1963, a cuja problemática transcendental ele está, a nosso ver, diretamente ligado.

Mas, em 1970, o livro conhece nova edição, com uma significativa mudança, quando lhe é acrescida toda uma segunda parte, denominada “La Machine Littéraire” [A Máquina Literária].

E, dessa segunda parte, a conclusão, intitulada “Présence Et Fonction De La Folie, L'Araignée” [Presença E Função Da Loucura, A Aranha], é por sua vez resultado do remanejamento de uma conferência proferida na Itália, e inicialmente publicada naquele país, numa coletânea de ensaios intitulada Saggi E Ricerche Di Letteratura Francesa, sendo acrescida apenas na edição definitiva do livro, de 1976.

A leitura dessa segunda parte mostra que ela, de forma geral, desdobra (ou mesmo redobra) vários dos temas apresentados na primeira parte, denominada “Os signos”.

Entendemos que Deleuze, nesse novo material acrescentado, visa especialmente a apresentar o problema da poética da obra proustiana, a sua condição de unidade, e, em relação a essa questão, a natureza do romance proustiano e o funcionamento maquínico da Recherche e da obra de arte moderna.

http://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-la-casa-de-cafe-branca/

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Em Proust E Os Signos, esse grande filósofo interpreta À La Recherche Du Temps Perdu – obra que revolucionou as leis do romance por sua estrutura fragmentada, em que as partes, em vez de se unificarem, afirmam sua diferença – como uma busca inconsciente e involuntária da verdade que se opõe à filosofia da identidade e da representação e permite formular conceitualmente os princípios de uma filosofia da diferença e da repetição.

Sem dúvida, trata-se da análise mais conceituada da Recherche, indispensável a todos os aficcionados por literatura.

Proust E Os Signos como se sabe, tem várias etapas de redação. Sua publicação original dá-se em 1964, com o título Marcel Proust e Les Signes [Marcel Proust E Os Signos]. Ou seja, é imediatamente posterior a Nietzsche Et La Philosophie [Nietzsche E A Filosofia] de 1962, e La Philosophie Critique De Kant [A Filosofia Crítica De Kant], de 1963, a cuja problemática transcendental ele está, a nosso ver, diretamente ligado.

Mas, em 1970, o livro conhece nova edição, com uma significativa mudança, quando lhe é acrescida toda uma segunda parte, denominada “La Machine Littéraire” [A Máquina Literária].

E, dessa segunda parte, a conclusão, intitulada “Présence Et Fonction De La Folie, L’Araignée” [Presença E Função Da Loucura, A Aranha], é por sua vez resultado do remanejamento de uma conferência proferida na Itália, e inicialmente publicada naquele país, numa coletânea de ensaios intitulada Saggi E Ricerche Di Letteratura Francesa, sendo acrescida apenas na edição definitiva do livro, de 1976.

A leitura dessa segunda parte mostra que ela, de forma geral, desdobra (ou mesmo redobra) vários dos temas apresentados na primeira parte, denominada “Os signos”.

Entendemos que Deleuze, nesse novo material acrescentado, visa especialmente a apresentar o problema da poética da obra proustiana, a sua condição de unidade, e, em relação a essa questão, a natureza do romance proustiano e o funcionamento maquínico da Recherche e da obra de arte moderna.

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