Empirismo E Subjetividade

Empirismo E Subjetividade - Primeiro livro publicado por Gilles Deleuze (1953), Empirismo E Subjetividade transcende sua contribuição para a história da filosofia ao analisar a questão do empirismo - e portanto, da diferença -, a partir da recuperação da obra (até então relegada pela crítica kantiana) do filósofo escocês David Hume (1711-1776).


O paradoxo coerente da filosofia de Hume é apresentar uma subjetividade que se ultrapassa e que nem por isso é menos passiva. A subjetividade é determinada como um efeito, é uma impressão de reflexão. O espírito devém sujeito ao ser afetado pelo princípios. A natureza só pode ser cientificamente estudada em seus efeitos sobre o espírito, mas a única e verdadeira ciência do espírito deve ter por objeto a natureza. 'A natureza humana é a única ciência do homem.'
O empirismo de Hume permitiu a Deleuze pensar que é no encontro com os dados empíricos que uma faculdade é forçada a forjar uma resposta, a interpretar e a compreender aquilo que lhe afeta. O que Deleuze afirma acerca do objeto característico de uma faculdade, imagem ou essência, por exemplo, é o que é posto por ela como resposta àquilo que lhe violenta, isto é, consiste apenas no produto da atividade. Contudo, esse objeto não consiste no que faz pensar, pois o pensar surge do encontro com o impensável. Sequer o vivido informa ao pensamento o que ele poderá inventar, produzir em termos de idéias, sequer o pensamento faz isso, como se o que ele produz já se encontrasse antes no vivido. Se não há identidade, também não há representação. Em linhas gerais, os problemas, como pressões exercidas sobre uma faculdade, têm como resposta aquilo que caracteriza a faculdade em seu operar mais fundamental, a criação conceitual.
Na leitura que Deleuze faz dos textos de Hume, encontramos não somente um novo significado do que seja a subjetividade, mas também uma identificação da imaginação e dos sentidos como potências necessárias de todo o pensar. Com a sua interpretação será possível entendermos o problema da subjetividade humana, de uma subjetividade que aspira à imanência com o mundo e com a experiência por ele proporcionada, portanto, que não mais se contenta com as alturas da transcendência imputada a ela pelo racionalismo.

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– Primeiro livro publicado por Gilles Deleuze (1953), Empirismo E Subjetividade transcende sua contribuição para a história da filosofia ao analisar a questão do empirismo – e portanto, da diferença -, a partir da recuperação da obra (até então relegada pela crítica kantiana) do filósofo escocês David Hume (1711-1776).
O paradoxo coerente da filosofia de Hume é apresentar uma subjetividade que se ultrapassa e que nem por isso é menos passiva. A subjetividade é determinada como um efeito, é uma impressão de reflexão. O espírito devém sujeito ao ser afetado pelo princípios. A natureza só pode ser cientificamente estudada em seus efeitos sobre o espírito, mas a única e verdadeira ciência do espírito deve ter por objeto a natureza. ‘A natureza humana é a única ciência do homem.’
O empirismo de Hume permitiu a Deleuze pensar que é no encontro com os dados empíricos que uma faculdade é forçada a forjar uma resposta, a interpretar e a compreender aquilo que lhe afeta. O que Deleuze afirma acerca do objeto característico de uma faculdade, imagem ou essência, por exemplo, é o que é posto por ela como resposta àquilo que lhe violenta, isto é, consiste apenas no produto da atividade. Contudo, esse objeto não consiste no que faz pensar, pois o pensar surge do encontro com o impensável. Sequer o vivido informa ao pensamento o que ele poderá inventar, produzir em termos de idéias, sequer o pensamento faz isso, como se o que ele produz já se encontrasse antes no vivido. Se não há identidade, também não há representação. Em linhas gerais, os problemas, como pressões exercidas sobre uma faculdade, têm como resposta aquilo que caracteriza a faculdade em seu operar mais fundamental, a criação conceitual.
Na leitura que Deleuze faz dos textos de Hume, encontramos não somente um novo significado do que seja a subjetividade, mas também uma identificação da imaginação e dos sentidos como potências necessárias de todo o pensar. Com a sua interpretação será possível entendermos o problema da subjetividade humana, de uma subjetividade que aspira à imanência com o mundo e com a experiência por ele proporcionada, portanto, que não mais se contenta com as alturas da transcendência imputada a ela pelo racionalismo.

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