A sociedade transparente é um exemplo claro deste propósito, de como a diversidade e as minorias podem e devem tomar a palavra nesta sociedade pós-moderna substituindo a uns valores quiçá já velhos e antiquados.
Os mass-média como elemento fundamental nesta transformação e este novo mundo é o fenômeno em torno do que gira uma reflexão a respeito do passo do moderno ao pós-moderno e as variações sociais, culturais e artísticas que isso implica.
É óbvio que os meios de comunicação jogam um papel determinante na configuração da vida social, política e cultural das comunidades atuais.
Se algo não sai por televisão, não se escuta pela rádio ou não se lê no jornal, não existe ou, quando muito, fica reduzido a uma simples estatística que agrupa, por exemplo, a um indivíduo dentro de seu papel de homem, alvo, de 18 a 35 anos, que pensa x a respeito de algo que precisamente saiu em um médio de comunicação.
Através dos meios de comunicação, dos mass média, conhecemos que ocorre no mundo, que diz o presidente do governo ou como ficou nossa equipe de futebol. Eles tomam um papel protagonista mediante um papel do suposto informador objetivo ou subjetivo nas revoltas sociais ou as mudanças políticas e imprimem celeridade a nossa vida quotidiana.
Agora bem, Vattimo, em um livro publicado antes do uso em massa de Internet, compreende a estes mass média como um dos motores de mudança da sociedade moderna à pós-modernidade.
A modernidade conclui quando “deixa de ser possível falar da história como de algo unitário.” Quando, devido a um alargamento do mundo, como somos capazes de chegar em menos de um dia ao outro extremo do mundo, a cultura ocidental deixa de se olhar o umbigo e se dá conta de que a sua não é a única história que conta, o seu não é o único modelo de racionalidade possível e, em definitiva, a sua não é a única idéia de humanidade possível.