O Sumiço

Georges Perec - O Sumiço

Este romance do francês Georges Perec é todo escrito sem a letra “e”, a mais frequente da língua francesa.

A inovação da obra não está, porém, apenas na falta da vogal, mas principalmente em fazer do desaparecimento da letra o próprio tema do livro e a lei maior à qual se deve toda a história.

O autor cria um mundo de letras, povoado por seres de letras, cujo destino depende também das letras, e, principalmente, do sumiço de uma delas.

Esta mirabolante história de investigação policial, cheia de mistério, bom-humor, romances e reviravoltas, vai além de um enredo intrigante, voltando-se para o ato da escrita e os jogos de linguagem que apontam para a própria língua, o francês – mutilado, porém.

Para publicar uma versão em português, exigiu-se do tradutor uma constante tarefa de recriação desses jogos numa outra língua, também amputada de uma vogal que muitos julgariam imprescindível.

O criativo trabalho realizado por José Roberto Andrade Féres, ou Zéfere – como prefere ser chamado –, nesta obra foi precedido do estudo de diversos artigos, dissertações e teses de estudiosos de Perec, assim como de tradutores da obra em outras línguas.

A leitura de O Sumiço levará o leitor a querer jogar com Perec, desvendar suas pistas e encaixar as peças dos seus inúmeros quebra-cabeças. Enfim, um livro que é um verdadeiro (e divertido!) desafio para quem escreve, quem traduz e, claro, para quem lê.

Georges Perec nasceu em Paris e faleceu no hospital de Ivry-sur-Seine, por volta das oito horas da noite, horário da morte de Bartlebooth, um dos protagonistas daquela que é considerada sua obra-prima, premiada com o Prix Médicis: A vida modo de usar.

Bartlebooth morre diante de um quebra-cabeça, segurando uma peça em forma de W, que é também o título de um dos mais importantes livros do autor: W ou a memória da infância…

Vida imitando a arte ou arte imitando a vida, ao menos um dos desejos artísticos do escritor refletiu-se na sua vida de homem das letras: deitou-se como um oito se deitaria, tornando-se infinito, inserindo-se como eterna peça-chave no quebra-cabeça dos grandes.

 

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Georges Perec – O Sumiço

Este romance do francês Georges Perec é todo escrito sem a letra “e”, a mais frequente da língua francesa.

A inovação da obra não está, porém, apenas na falta da vogal, mas principalmente em fazer do desaparecimento da letra o próprio tema do livro e a lei maior à qual se deve toda a história.

O autor cria um mundo de letras, povoado por seres de letras, cujo destino depende também das letras, e, principalmente, do sumiço de uma delas.

Esta mirabolante história de investigação policial, cheia de mistério, bom-humor, romances e reviravoltas, vai além de um enredo intrigante, voltando-se para o ato da escrita e os jogos de linguagem que apontam para a própria língua, o francês – mutilado, porém.

Para publicar uma versão em português, exigiu-se do tradutor uma constante tarefa de recriação desses jogos numa outra língua, também amputada de uma vogal que muitos julgariam imprescindível.

O criativo trabalho realizado por José Roberto Andrade Féres, ou Zéfere – como prefere ser chamado –, nesta obra foi precedido do estudo de diversos artigos, dissertações e teses de estudiosos de Perec, assim como de tradutores da obra em outras línguas.

A leitura de O Sumiço levará o leitor a querer jogar com Perec, desvendar suas pistas e encaixar as peças dos seus inúmeros quebra-cabeças. Enfim, um livro que é um verdadeiro (e divertido!) desafio para quem escreve, quem traduz e, claro, para quem lê.

Georges Perec nasceu em Paris e faleceu no hospital de Ivry-sur-Seine, por volta das oito horas da noite, horário da morte de Bartlebooth, um dos protagonistas daquela que é considerada sua obra-prima, premiada com o Prix Médicis: A vida modo de usar.

Bartlebooth morre diante de um quebra-cabeça, segurando uma peça em forma de W, que é também o título de um dos mais importantes livros do autor: W ou a memória da infância…

Vida imitando a arte ou arte imitando a vida, ao menos um dos desejos artísticos do escritor refletiu-se na sua vida de homem das letras: deitou-se como um oito se deitaria, tornando-se infinito, inserindo-se como eterna peça-chave no quebra-cabeça dos grandes.

 

https://livrandante.com.br/contribuicao/caneca-de-tanto-ler-e-imaginar-branca/

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