
A Literatura E O Mal
- Letras, Literatura
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Ainda que a literatura, como questão e prática, atravesse toda sua obra, é em A Literatura E O Mal que Georges Bataille se empenha de maneira mais explícita na busca de seu sentido – ou de seu não-sentido –, afirmando desde o princípio que ela “é o essencial ou não é nada”.
É tempo... Às vezes parece mesmo que o tempo falta. Ao menos o tempo urge.
Estes estudos correspondem a meu esforço para desentranhar o sentido da literatura... A literatura é o essencial, ou não é nada. O Mal – uma forma aguda do Mal – de que ela é a expressão tem para nós, acredito, o valor soberano. Mas essa concepção não prescreve a ausência de moral, ela exige uma “hipermoral”.
A literatura é comunicação. A comunicação requer a lealdade: a moral rigorosa é dada nessa perspectiva a partir de cumplicidades no conhecimento do Mal, que fundam a comunicação intensa.
A literatura não é inocente e, culpada, devia, no fim, confessar-se tal. Só a ação tem direitos. A literatura, eu o quis, lentamente, demonstrar, é a infância enfim reencontrada. Mas a infância que governasse teria uma verdade? Diante da necessidade da ação, impõe-se a honestidade de Kafka, que não se atribuía nenhum direito. Seja qual for o ensinamento que se depreende dos livros de Genet, a defesa que Sartre faz dele não é aceitável. No fim, a literatura tinha de se declarar culpada.
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