Resistência E Contestação Vol. II

Este é um livro contra o “golpe institucional perfeito”! Múltiplas, ricas, transversais e poéticas manifestações de resistência e contestação foram produzidas pelo povo brasileiro e comunidade internacional, em nome de um Brasil justo, democrático, republicano.


Brasileiras e brasileiros, de nascimento e de alma, resolveram externar sua indignação a respeito de um dos mais perversos processos de demolição da soberania popular que se têm notícia em Repúblicas modernas. Brasileiras e brasileiros, das mais variadas origens sociais e visões de mundo, resolveram ir às ruas, resolveram escrever, resolveram lutar. Um princípio fundamental em comum as une, irremediavelmente: a democracia. Dela não se abre mão. Ela é inegociável. Ela deve conformar, como representação prática de um Estado de Direito, cada lampejo de relação social em uma nação que se pretenda justa, próspera, civilizada. É alicerce do bem-viver, sustentáculo, de cima a baixo, da metrópole ao vilarejo, de um espaço público em que se queira estar.
Neste nosso tempo obscuro, nossa democracia foi, mais uma vez, duramente atacada. Não como antes, de forma obscena e rígida, com tanques de guerra, violência, torturas. Se, em outro contexto, o escritor Vargas Llosa cunhara a expressão “ditadura perfeita” para explicar o monopartidarismo que vigorou no México por 70 anos em meio a eleições periódicas, mas sem concorrência, agora, no Brasil, talvez caiba uma adaptação: vivemos um “golpe institucional perfeito”, supostamente balizado em regras, supostamente ancorado no devido processo legal e no interesse da sociedade. Afinal, milhões de pessoas, de fato, foram às ruas para pedir o impeachment.
A democracia, contudo, não é regida meramente por pesquisas de opinião ou pela contagem quantitativa de pessoas nas ruas interessadas, ao fim e ao cabo, em limitá-la. Ela é muito mais complexa porque não é instrumento que se utiliza momentaneamente, de forma conveniente. Ela é um princípio organizador da existência de uma sociedade que quis se assumir como tal, custe o que custar, mesmo que tantas vezes uns ou muitos de nós não concordemos com o resultado de processos que ocorram com base nela. Pois ela é um valor, um horizonte, uma forma de entendimento sobre a política.
Mas é um valor que não pode ser monetizado. É por isso que ela não pode ser negociada.

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Este é um livro contra o “golpe institucional perfeito”! Múltiplas, ricas, transversais e poéticas manifestações de resistência e contestação foram produzidas pelo povo brasileiro e comunidade internacional, em nome de um Brasil justo, democrático, republicano.
Brasileiras e brasileiros, de nascimento e de alma, resolveram externar sua indignação a respeito de um dos mais perversos processos de demolição da soberania popular que se têm notícia em Repúblicas modernas. Brasileiras e brasileiros, das mais variadas origens sociais e visões de mundo, resolveram ir às ruas, resolveram escrever, resolveram lutar. Um princípio fundamental em comum as une, irremediavelmente: a democracia. Dela não se abre mão. Ela é inegociável. Ela deve conformar, como representação prática de um Estado de Direito, cada lampejo de relação social em uma nação que se pretenda justa, próspera, civilizada. É alicerce do bem-viver, sustentáculo, de cima a baixo, da metrópole ao vilarejo, de um espaço público em que se queira estar.
Neste nosso tempo obscuro, nossa democracia foi, mais uma vez, duramente atacada. Não como antes, de forma obscena e rígida, com tanques de guerra, violência, torturas. Se, em outro contexto, o escritor Vargas Llosa cunhara a expressão “ditadura perfeita” para explicar o monopartidarismo que vigorou no México por 70 anos em meio a eleições periódicas, mas sem concorrência, agora, no Brasil, talvez caiba uma adaptação: vivemos um “golpe institucional perfeito”, supostamente balizado em regras, supostamente ancorado no devido processo legal e no interesse da sociedade. Afinal, milhões de pessoas, de fato, foram às ruas para pedir o impeachment.
A democracia, contudo, não é regida meramente por pesquisas de opinião ou pela contagem quantitativa de pessoas nas ruas interessadas, ao fim e ao cabo, em limitá-la. Ela é muito mais complexa porque não é instrumento que se utiliza momentaneamente, de forma conveniente. Ela é um princípio organizador da existência de uma sociedade que quis se assumir como tal, custe o que custar, mesmo que tantas vezes uns ou muitos de nós não concordemos com o resultado de processos que ocorram com base nela. Pois ela é um valor, um horizonte, uma forma de entendimento sobre a política.
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