
Um Artista Da Fome
- Animações, Literatura, Literatura Estrangeira
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Franz Kafka - Um Artista Da Fome
O protagonista é um arquétipo de Kafka, um indivíduo marginalizado pela sociedade. A história retrata a vida de um artista há tempos esquecido, o jejuador.
Ter o poder de ficar dias a finco sem colocar em sua boca uma misera migalha de alimento, era a grande façanha na qual rodeava a vida daquele artista.
Kafka expõe com essa obra a fragilidade humana frente à evolução social e mostra o quão ínfimas podem-se tornar nossas maiores habilidades.
O protagonista desta história é um artista que ganha a vida atraindo o público em suas performances públicas de jejum. Para o artista, jejuar significa vida e morte.
Durante essas apresentações, que seu empresário não permite que durem mais de quarenta dias, é visto e vigiado por um público implacável, que não entende a natureza artística do ato de ficar sem comer.
Seja como for, ele magnetiza a multidão. Quando suas atuações deixam de ser populares, ele se transforma num pobre-diabo num circo de arrabalde. No final, leva o seu desejo de jejuar até o limite, mas nem ele nem os espectadores sabem quantos dias ele fica sem comer.
Na realidade, jejua até a morte. Quando está agonizando, admite que o ato de jejuar, para ele, não era apenas fácil, mas também necessário, porque nunca conseguiu encontrar um alimento que o satisfizesse.
Para o artista da fome, sua arte é um modo de existir, e a perfeição neste caso — ou seja, o ponto em que fica satisfeito — significa a morte.
O artista esquelético tem sido comparado ao próprio Kafka, que na época em que compôs esta narrativa estava com o organismo minado pela tuberculose da laringe e só podia comer com a maior dificuldade.
Franz Kafka nasceu em Praga, filho de pais judeus de classe média. Sua infância e adolescência foram marcadas pela figura dominadora do pai, comerciante próspero, que sempre fez do sucesso material a tábua de valores – para si e para os outros. Na obra de Kafka, a figura paterna aparece associada tanto à opressão quanto à aniquilação da vontade humana, especialmente na célebre Carta ao pai, escrita em 1919.
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